O Pix transformou a forma como pagamos e recebemos. Tanto isso é verdade que ele atingiu um sucesso que merece destaque: segundo o Data Report PIX 2025, da Data Ruder, 8 em cada 10 pessoas utilizam o PIX semanalmente. Além disso, a ferramenta se consolida como método preferido para transações de valores entre R$ 50 e R$ 300.

É nesse cenário que o Banco Central direciona o meio instantâneo de pagamentos para um novo nível de maturidade. Estamos falando do Pix via Open Finance.

Neste artigo, explicamos como ele funciona, se tem taxa, como fica a questão da segurança, o que muda em relação ao modelo tradicional e muito mais!

O que é Pix via Open Finance e como funciona na prática

Para entender o que é Pix via Open Finance, vale recapitular primeiro cada um dos conceitos.

O Pix é um meio de pagamento instantâneo lançado pelo Banco Central em 2020. Alguns anos após o seu lançamento, não temos mais dúvidas de que ele se tornou parte da rotina dos brasileiros.

Por sua vez, o Open Finance, ou Sistema Financeiro Aberto, permite o compartilhamento de dados entre diferentes instituições, mediante autorização do cliente. Portanto, é ele que possibilita que bancos, fintechs e plataformas troquem informações de forma padronizada e segura, ampliando a concorrência e abrindo espaço para novos serviços.

Como você pode ver, tanto Open Finance quanto o Pix são iniciativas criadas pelo Bacen. Mas onde eles se encontram? Qual a relação entre os dois conceitos?

O Pix via Open Finance possibilita a um usuário iniciar um pagamento Pix direto no ambiente da empresa, plataforma ou aplicativo em que ele está navegando, isto é, sem precisar acessar o app do banco ou instituição financeira onde tem conta.

Na prática, em vez de copiar e colar a chave Pix, escanear um QR Code ou trocar de app, o checkout ocorre dentro da própria jornada do usuário, e a instituição escolhida apenas autentica e conclui a transação.

Como o Open Finance permite realizar Pix diretamente por diferentes instituições financeiras

O Pix via Open Finance é possível graças à Jornada Sem Redirecionamento (JSR), detalhada pelo Bacen em 2024, nas Resoluções BCB Nºs 406 e 407.

A JSR nada mais é do que um fluxo padronizado que elimina etapas desnecessárias nos pagamentos digitais. Ou seja, foi desenvolvida justamente para tornar o fluxo de pagamentos mais simples, seguro e integrado.

A grande mudança trazida aqui é que o usuário não precisa mais ser levado para o app do banco para autorizar a transação. Todo o processo, como a escolha da instituição, autenticação e aprovação, acontece no próprio ambiente da empresa ou plataforma.

Para operar nesse modelo, instituições que atuam como Iniciadores de Transação de Pagamento (ITP) precisam seguir requisitos específicos definidos pelo Banco Central:

  • Controles adicionais de risco;
  • Governança;
  • Gestão de sistemas eletrônicos;
  • Padrões elevados de segurança e
  • Integridade das transações.

Diferença entre o Pix tradicional e o Pix via Open Finance

Entender o Pix via Open Finance fica mais fácil na comparação com o Pix tradicional. Para isso, vamos imaginar que nesse exato momento você esteja com o app de delivery aberto e queira pagar o pedido. Veja como funciona o checkout nas duas situações:

  • Pix tradicional: você seleciona a opção “Pix”. Em seguida, precisa abrir o app do banco, copiar e colar a chave Pix ou escanear o QR Code. Após confirmar os dados, terá que voltar ao app de delivery para finalizar o pedido.
  • Pix via Open Finance: você seleciona a opção de pagar com Pix. No próprio app de delivery, você também seleciona em qual banco deseja pagar. Graças à Jornada sem Redirecionamento, o pagamento é feito sem que você precise sair do aplicativo. Isso porque o app “conversa” com a instituição escolhida via Open Finance, e o Pix é iniciado e liquidado ali mesmo.

Abaixo, veja um resumo visual dessa situação:

Open Finance é seguro? Entenda como funciona a segurança e o compartilhamento de dados

De vez em quando, a pergunta “o Pix é seguro?” reaparece, e não por acaso. O Data Report PIX 2025 mostra que 93% dos brasileiros têm medo de sofrer golpes e que o roubo de celular é o maior temor de 72% dos usuários.

Então, como fica a segurança quando tratamos de Pix via Open Finance? Entenda na sequência:

Camadas de autenticação e consentimento do usuário

O Open Finance parte do princípio de que os usuários são os detentores de seus dados. Por conta disso, eles têm o poder de decidir o que querem fazer com eles – mais precisamente, são eles que decidem se desejam ou não compartilhar suas informações pessoais.

Ao colocar o usuário no controle do processo, toda transação depende de autorização explícita, e essa autorização é protegida por várias camadas. Além do consentimento dado pelo usuário, existe o processo de autenticação.

Embora no Pix via Open Finance toda a jornada de checkout aconteça no app/site de uma empresa (como um e-commerce ou delivery), a validação é feita pela instituição financeira que detém a conta. Para isso, ela pode solicitar biometria, senha ou verificação em duas etapas.

Sobre os dados, não podemos deixar de citar que eles circulam entre instituições usando APIs seguras, com padrões definidos pelo Bacen.

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Regulamentação do Banco Central e padrões de segurança de dados

O Bacen está sempre de olho em maneiras de tornar as transações financeiras mais seguras. Um bom exemplo é o avanço recente no próprio Pix.

Com a nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED 2.0), o processo de recuperação de valores se torna mais eficiente: agora é possível acompanhar o caminho do dinheiro ao longo de várias contas, compartilhar informações entre instituições envolvidas e bloquear valores em múltiplos destinos.

Isso amplia significativamente a capacidade de resposta a fraudes e garante um processo de devolução mais rápido e estruturado, com conclusão prevista em até 11 dias após a contestação.

Esse mesmo rigor é visto no Open Finance. Para possibilitar um pagamento Pix via Sistema Financeiro Aberto, o Bacen define padrões claros para participação, autenticação, compartilhamento de dados e iniciação de pagamentos.

Como comentado, as instituições que atuam como Iniciadores de Transação de Pagamento (ITP) precisam cumprir requisitos adicionais de governança, segurança da informação, gestão de risco e disponibilidade operacional.

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Pix via Open Finance tem taxa? Veja como funcionam os custos e regras de cobrança

A regra básica do Pix é: quando uma pessoa física faz um pagamento ou transferência, não há cobrança de tarifa. Esse princípio permanece o mesmo no Pix via Open Finance. Ou seja, para o usuário final nada muda e o pagamento continua gratuito.

No entanto, quando falamos de empresas, plataformas de pagamento, marketplaces, carteiras digitais e fintechs, a lógica é diferente. Assim como já acontece no Pix tradicional, podem existir custos operacionais envolvidos no processamento das transações. Esses custos não são determinados pelo Banco Central, mas sim pelas instituições participantes, conforme o modelo de negócio de cada uma.

O que muda com o Pix Open Finance é que a iniciação de pagamento acontece por meio do ecossistema do Open Finance, e isso abre espaço para estruturas de cobrança diferentes, como taxas por iniciação, uso de APIs ou volume processado.

Apesar disso, sempre é bom destacar que, mesmo quando existe tarifa, o modelo acaba sendo mais vantajoso para o negócio, porque reduz etapas, diminui erros e automatiza fluxos.

No fim das contas, essa eficiência se traduz em custo total menor por transação, resultado de menos etapas e retrabalho, mais conversão e muito mais previsibilidade.

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Taxas para empresas, fintechs e plataformas de pagamento

Para colocar na ponta do lápis os custos do Pix Open Finance, pode haver cobrança por: transação enviada ou recebida, iniciação via Open Finance ou uso da infraestrutura do provedor.

Do mesmo modo, ao utilizar um ITP para intermediar a iniciação, é possível que haja cobrança vinculada à iniciação de pagamento, ao volume de transações ou ao modelo híbrido de taxa + SaaS.

Importante: assim como no Pix tradicional, no Open Finance não existe tabela fixa, pois cada instituição define suas condições comerciais.

Como reduzir custos operacionais com infraestrutura Open Finance

Operar no Open Finance exige muito mais do que obter a licença para participar do ecossistema.

Construir internamente toda a infraestrutura necessária – o que inclui desde as integrações de dados até os módulos de iniciação de pagamento – representa um esforço técnico e regulatório significativo.

Modelos baseados em infraestrutura pronta tendem a ser mais eficientes, pois reduzem custo operacional, aceleram o go-to-market e permitem que o time interno se concentre no que realmente gera valor.

Benefícios do Pix via Open Finance para empresas e consumidores

A combinação de Pix e Open Finance reduz a fricção no checkout, garantindo uma experiência mais fluida para o usuário. Como a Jornada Sem Redirecionamento faz com que o pagamento seja um processo instantâneo, traz um aumento de conversões.

Além disso, confira outras duas vantagens do Pix via Open Finance:

Pagamentos instantâneos com múltiplas origens de conta

Nesse formato de pagar com Pix, o usuário pode escolher qual instituição financeira deseja usar para pagar, diretamente dentro do checkout ou da plataforma. Para empresas, isso significa menos atrito e mais transações concluídas, especialmente em compras online, onde cada clique adicional representa risco de abandono do carrinho de compras.

Adicionalmente, o modelo reduz erros comuns no Pix tradicional, como problemas na leitura de QR Code, falhas no copiar/colar ou pagamentos iniciados na conta errada.

Dica Transfeera: se você procura por estratégias para reverter carrinhos abandonados ou até aumentar as vendas com ofertas relâmpagos, vale conhecer o link de pagamento.

Trata-se de uma funcionalidade que permite que as empresas enviem um endereço URL para os clientes realizarem o pagamento. Aqui você conhece mais a respeito.

Maior conveniência e interoperabilidade entre instituições financeiras

O Open Finance foi projetado para criar interoperabilidade real entre bancos, fintechs, carteiras digitais e demais participantes do sistema financeiro. E isso se reflete diretamente no Pix Open Finance.

Para começar, a jornada do pagamento segue padrões definidos pelo Banco Central, o que significa que o fluxo é consistente e previsível. Como tudo acontece no ambiente da empresa, o usuário não precisa abrir vários apps, fazer múltiplas autenticações ou lidar com diferentes telas.

Outra questão é que, para as empresas, interoperabilidade significa menos complexidade técnica, menos integrações ponta a ponta e mais estabilidade na operação de pagamentos.

O futuro do Pix via Open Finance no Brasil

Conforme o Banco Central, o Pix via Open Finance não é uma obrigatoriedade. Entretanto, à medida que mais instituições aderem ao Open Finance e amadurecem seus fluxos via Jornada Sem Redirecionamento, a tendência é que veremos:

  • Modelos de pagamento mais eficientes;
  • Menor dependência de sistemas legados;
  • Experiências mais fluidas e
  • Novos produtos que, até pouco tempo atrás, não eram tecnicamente possíveis.

Como o modelo fortalece o ecossistema financeiro aberto e a inovação em pagamentos digitais

Talvez o principal ponto a destacar quanto ao futuro, é que a combinação Pix + Open Finance abre espaço para:

  • Checkouts mais inteligentes;
  • Melhores experiências no mobile;
  • Pagamentos recorrentes via iniciação;
  • Wallets funcionando como iniciadores de Pix;
  • Experiências “tap to pay” com Pix por Aproximação (NFC).

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A Transfeera desenvolveu uma plataforma de pagamentos pensada para negócios que precisam de eficiência e automação, e desejam oferecer uma experiência de compra online sem atrito. Com a solução, você consegue oferecer Pix e ainda simplificar toda a operação financeira do seu negócio.

Veja o que a Transfeera entrega:

  • Pix integrado ao checkout, com confirmação em tempo real;
  • Emissão de boleto com QR Code Pix ou código de barras;
  • Geração de links de pagamento para vendas em canais como WhatsApp, Instagram e e-mail;
  • Experiência rápida e intuitiva, aumentando conversão e reduzindo abandono de carrinho;
  • Split de pagamentos;
  • Gestão de multicontas e subcontas;
  • Dashboards completos para monitorar pagamentos e recebimentos;
  • API de pagamentos fácil de implementar;
  • Validação de dados bancários antes do envio (reduz erros e devoluções);
  • Autenticação robusta para diminuir risco de fraude.

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