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Open Finance: o que é e como implementar na sua empresa?

Open Finance: o que é e como implementar na sua empresa?

Você sabe o que é open finance? O termo será adotado pelo Banco Central em substituição ao conceito de open banking, pois o Bacen pretende focar não apenas nos bancos, mas na ampliação da inovação para um sistema financeiro aberto como um todo.

Mas, ainda que o conceito tenha começado a ser usado pelo mercado, há muitas dúvidas sobre ele. Você saberia dizer quais são as diferenças práticas entre open banking e open finance? Qual a vantagem do open finance?

Para esclarecer essas questões, preparamos este conteúdo com tudo o que você precisa saber para entender sobre open finance, para que serve, e como ele impacta seu negócio. Confira.

O que é open finance?

O conceito de open finance permite que, além dos bancos, várias organizações possam oferecer produtos financeiros, obedecendo a regulações pré-estabelecidas.

Isso quer dizer que corretoras de seguros, companhias de câmbio e fundos de previdência, por exemplo, poderão ampliar o escopo no uso de dados dos clientes, possibilitando que tenham independência na escolha de determinado serviço.

Dessa forma, outras áreas do mercado financeiro também podem se beneficiar do sistema aberto, levando inovação social e uma experiência transformadora ao consumidor final.

Como funciona o open finance?

No sistema open finance, todas as pessoas que forem titulares de contas, sejam empresas ou pessoas físicas, possuem o poder de direcionar os dados que estão sendo compartilhados pelas instituições financeiras.

Ao poder compartilhar informações com quem desejar, os usuários têm acesso a propostas de várias instituições e produtos financeiros. É como se fosse uma grande galeria de lojas na qual o cliente pode visualizar diferentes opções e escolher aquela que mais atende suas necessidades.

Contudo, entenda que open finance não é um site, nem uma plataforma ou aplicativo. Trata-se de uma padronização tecnológica na qual bancos, fintechs, corretoras, plataformas de investimentos, entre outras instituições financeiras, compartilham dados em um mesmo local

Para que o serviço seja oferecido, o cliente deve consentir e os dados precisam estar disponíveis. Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) vem como uma regulação complementar.

O consentimento relacionado aos dados financeiros deve ser claro, bem definido e o cliente pode revogá-lo quando quiser.

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Qual é a diferença entre open finance e open banking?

Enquanto o open banking busca mudar a maneira como o sistema bancário funciona, impactando diretamente bancos e fintechs, o open finance amplia essa mudança para todo o sistema financeiro. Portanto, o open finance é uma evolução do open banking.

Na prática, o cliente, que até então não tinha decisão sobre seus dados, se torna dono deles e, com a regulação, passa a poder movimentar suas contas a partir de diferentes plataformas (e não só pelo aplicativo ou pelo site do banco).

Isso permite que todo o sistema seja mais transparente e competitivo, com instituições financeiras se concentrando em suas operações principais e outras empresas tendo acesso às suas interfaces para desenvolver outros produtos baseados nelas, usando API.

As APIs são um conjunto de padrões de programações que possibilita que sistemas diferentes interajam entre si. Então, empresas de tecnologia podem criar outras aplicações e serviços para funcionarem em conjunto com os dados fornecidos pelas instituições financeiras.

Dessa forma, empresas podem integrar sistemas, compartilhar dados e realizar transações seguras e automatizadas.

Competitividade

O open banking obriga os bancos a disponibilizarem os dados financeiros, com autorização dos clientes, para que tenham autonomia para usá-los em próprio benefício. Com o open finance, outras empresas que também usem dados para oferecer produtos e serviços financeiros também terão essa obrigação.

Ambos os sistemas buscam impulsionar a competitividade, fator crítico no Brasil, uma vez que o mercado bancário permanece concentrado em grandes bancos.

Além disso, outro ponto positivo é que a transformação digital não é mais uma barreira para o setor, democratizando e permitindo que empresas de todos os portes possam competir de forma equilibrada.

A competitividade impulsionada pelo open finance pode qualificar, e muito, a oferta de serviços e diminuir as altas taxas, tornando o mercado mais democratizado aos consumidores.

Segurança de dados

O sistema financeiro já está acostumado a tratar dados sensíveis. Entretanto, em um modelo com finanças abertas, devem ser mais rígidas as etapas de proteção para o cliente (e para os dados dele).

Além disso, alguns pontos, inclusive da LGPD, defendem que os fornecedores de serviço devem ser responsabilizados ao longo da cadeia de valor.

É importante destacar a necessidade de padrões técnicos, a adoção obrigatória de um sistema com período de teste de aprovação e regulação rígida para a proteção de dados do consumidor e o controle dele sobre o que é compartilhável.

Apesar de uma perspectiva bem positiva, ainda existem muitos pontos que precisam ser entendidos sobre a versatilidade do open finance para permitir desbloquear todo o seu potencial econômico e melhorar a experiência do cliente.

Mas você sabe quais são os 4 O’s do Open Banking?

Para sustentar o conceito e a implementação do open banking, existem os “4 O’s”, que são:

Open API

Quando falamos de open banking, as instituições financeiras permitem que terceiros autorizados acessem dados financeiros dos clientes de modo seguro. Isso é possível graças à Open API.

Falando do conceito, Open API, ou API aberta, é uma interface de código aberto disponibilizada publicamente para desenvolvedores.

A API é fornecida pela instituição financeira e possibilita a desenvolvedores de fintechs e outras instituições solicitarem acesso a informações de clientes que concederam consentimento para compartilhar seus dados.

Material API Pix

Open Innovation

Inovação aberta, em português, o conceito de Open Innovation é outra característica importante. Pense o seguinte: ao permitir que instituições financeiras criem serviços novos e trabalhem com melhores taxas, o open banking estimula a concorrência e impulsiona o desenvolvimento de novos produtos.

Por essa razão, dizemos também que o open banking incentiva a colaboração e a inovação no setor financeiro.

Open Source

Open Source tem a ver como uso de software de código aberto, cujo código-fonte é disponível publicamente. Isso permite que instituições financeiras desenvolvam soluções flexíveis e personalizadas, centradas no cliente.

Outra vantagem é que, por ser open source, há mais transparência na segurança, privacidade e conformidade das operações.

Open Standard

Já o conceito de Open Standard faz referência aos padrões abertos. Esses padrões definem formatos de dados e especificações técnicas que tornam possível a comunicação entre diferentes sistemas e a interoperabilidade.

É por isso que clientes podem acessar dados financeiros e que instituições conseguem trocar informações de forma segura.

O open finance é seguro?

O open finance é protegido pelo Banco Central, que supervisiona todo o processo. Além disso, o cliente é quem decide se quer compartilhar os dados e quais dados deseja tornar acessíveis.

Mas não acaba aí. Não é qualquer instituição financeira que pode participar do Open Finance, pois é preciso ter uma autorização do Bacen. Isso significa que as instituições participantes precisam cumprir uma série de regras, inclusive cibernéticas, para garantir a proteção do cliente.

Sobre o processo, no próprio site do Banco Central está esclarecido que:

“Todo o processo ocorre num ambiente com diversas camadas de segurança, com autenticação do consumidor e das instituições participantes.”

E quais os benefícios do open finance?

O open finance traz mais facilidades ao usuário, além de estimular o desenvolvimento de novos produtos e serviços e ofertas mais atrativas. Mas há ainda outras vantagens.

Talvez a mais evidente seja o fato de que o consumidor é que está no controle de seus dados. Assim, agora são os usuários que decidem se e o que desejam compartilhar. Ao permitir o compartilhamento, eles também podem ter acesso a soluções que melhor se adaptem às suas necessidades.

Já do lado das instituições financeiras, elas passam a entender melhor os clientes e identificar oportunidades de novos produtos ou soluções. Do mesmo modo, conseguem melhorar o relacionamento com o cliente, garantindo mais satisfação e aumento na lealdade.

O open finance também faz com que instituições financeiras tenham em mãos informações sobre tendências e padrões que podem ajudar a tomar decisões mais bem informadas sobre estratégias de marketing e desenvolvimento de novos produtos.

Destacamos ainda que o sistema agiliza os pagamentos, uma vez que os usuários podem utilizar saldos de diferentes contas para realizar um Pix, por exemplo.

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Como saber se o open finance funcionará para a sua empresa?

O open finance reduz a burocracia na hora de pedir empréstimos e também possibilita ao usuário ter a possibilidade de escolher o serviço que mais se encaixa às suas necessidades.

Se sua empresa está passando ou vai passar por uma fase de altos investimentos e precisa aumentar o limite de crédito, então o open finance é uma boa opção. Isso porque ele abrirá as portas para o recebimento de propostas mais atraentes.

Há ainda a questão da burocracia, que reduz significativamente. Mas para saber se o open finance vale a pena, lembre-se que: o sistema torna a relação com instituições financeiras muito mais ágeis e práticas.

Conclusão

O open finance amplia as vantagens já trazidas pelo open banking, possibilitando autonomia para os clientes decidirem com quem querem compartilhar seus dados e como querem usá-los em suas rotinas financeiras. E não apenas com bancos, mas também com outras empresas.

Aproveitando o open finance, as APIs podem ser uma solução para tornar os processos financeiros da sua empresa mais ágeis, seguros e eficientes. Você pode saber mais sobre o assunto neste conteúdo completo:

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