Já passou o tempo em que o básico de processar pagamentos era “apenas” garantir que o dinheiro saísse de uma conta A e fosse para uma conta B. Hoje em dia, a exigência mínima do mercado é processar pagamentos com velocidade, segurança e alta disponibilidade.
Nesse contexto, construir uma arquitetura de integração de pagamentos sólida e escalável é um dos maiores desafios e diferenciais para Product Managers (PMs) e Tech Leads. O desafio aumenta se considerarmos que cada vez mais empresas realizam centenas – ou até milhares – de transações diárias.
Por esse motivo, entender como estruturar essas integrações é fundamental para garantir que o sistema funcione, bem como para assegurar que ele escale de forma sustentável, resiliente e segura conforme o negócio cresce. Com isso em mente, a seguir, entenda como criar uma arquitetura de integração de pagamentos com APIs, fallback e SLAs sólidos.
O papel da arquitetura de integração em um ecossistema de pagamentos moderno
A arquitetura de integração é o conjunto de padrões, tecnologias e decisões técnicas e de design que permite que diferentes sistemas, internos e externos, se comuniquem de forma eficiente, segura e confiável.
Na prática, ela é essencial para garantir que as informações fluam perfeitamente, quebrando silos, permitindo uma visão unificada das operações e executando os processos necessários. Por exemplo, é essa arquitetura que define:
- Como os dados trafegam;
- Como os erros são tratados;
- Como as transações são rastreadas;
- Como emissores, adquirentes, carteiras, bancos, facilitadores de pagamento etc., serão conectados;
- Como garantir escalabilidade à medida que volumes crescem (transações, usuários, mercado);
- Como assegurar confiabilidade, monitoramento, governança e compliance; e
- Como o sistema responde quando algo falha.
Sendo assim, como PM ou Tech Lead, note que a arquitetura de integração impacta diretamente a experiência do usuário final, o time to market de novas features e a capacidade da empresa de operar em conformidade com as regulações do mercado.
O que é integração de pagamentos e por que ela é estratégica
A integração de pagamentos é a espinha dorsal para o bom funcionamento de e-commerces, marketplaces, fintechs e plataformas digitais. É ela que garante, por exemplo, que cada pedido, assinatura ou repasse seja executado de forma automática, segura e rastreável do início ao fim.
Pense em um marketplace que conecta dezenas de vendedores a centenas de clientes. A cada venda, há um fluxo financeiro complexo acontecendo nos bastidores: validação de conta, pagamento do cliente, split de valores, liquidação e conciliação. Tudo isso depende de uma arquitetura de integração bem desenhada, capaz de conectar múltiplos bancos, carteiras e adquirentes sem perder agilidade nem controle.
Colocando em outros termos, a arquitetura de integração de pagamentos permite que os diversos atores de um ecossistema de pagamentos se comuniquem de forma automática, segura e em tempo real.
Ela é estratégica porque:
- Do ponto de vista de negócio, define quanto tempo leva para um pagamento ser processado, quantas transações podem falhar por instabilidade e quanto esforço é necessário para adicionar um novo banco ou forma de pagamento.
- Do ponto de vista técnico, é o que garante escalabilidade, eficiência e confiabilidade, permitindo que a operação cresça em volume sem comprometer a performance.
Integração de pagamento via API: o novo padrão do mercado financeiro
As APIs (Application Programming Interfaces) têm se tornado o padrão de integração no mercado financeiro. Como já explicamos neste outro conteúdo:
Uma API de pagamento atua como um intermediário que facilita a interação entre dois sistemas, permitindo que eles “conversem” e compartilhem dados de modo seguro.
Em termos práticos, ao permitir essa “conversa”, as APIs automatizam processos e eliminam etapas manuais, dois quesitos essenciais em um ambiente que exige agilidade, segurança e disponibilidade constante. Além disso, elas destacam-se pelos seguintes benefícios:
- Redução do time to market: novas funcionalidades e métodos de pagamento podem ser implementados rapidamente, sem precisar refazer toda a estrutura.
- Melhoria da experiência de pagamento: integrações mais estáveis e respostas em tempo real reduzem falhas e tornam o processo fluido para o usuário final.
- Padronização técnica: APIs seguem protocolos e funções comuns, evitando que cada integração precise ser construída do zero.
- Redução de custos e esforços de desenvolvimento: ao reaproveitar componentes e evitar retrabalho, as equipes ganham eficiência e tempo.
- Facilidade de escalabilidade: uma API bem estruturada permite aumentar o volume de transações sem comprometer a performance.
Benefícios de uma arquitetura de integração de sistemas bem estruturada
Uma arquitetura de integração de sistemas impacta diretamente a eficiência, a segurança e a escalabilidade do negócio. Somado a isso, ela traz benefícios como:

Componentes essenciais de uma arquitetura de integração de pagamentos
Entre os componentes mais críticos de uma arquitetura de integração de pagamentos estão as APIs, os mecanismos de fallback e redundância, e as práticas de monitoramento e gestão de SLAs. Continue a leitura para entender:
APIs: conectividade segura e em tempo real
Uma integração de pagamentos moderna tem as APIs como personagem central. Como comentado, elas conectam empresas, clientes, bancos, carteiras e adquirentes em um mesmo ecossistema digital.
Para garantir confiabilidade, as APIs devem seguir boas práticas como autenticação forte (OAuth, tokens ou mTLS), criptografia de dados ponta a ponta, versionamento controlado e documentação clara.
As APIs da Transfeera oferecem tudo isso. Além de serem bem documentadas, permitem iniciar transferências Pix, TED e boletos com poucas linhas de código, incluindo webhooks para notificação de mudanças de status. Tudo dentro de um ambiente de integração seguro, padronizado e com suporte dedicado a desenvolvedores.
Dica: a documentação pública da API e o ambiente de sandbox da Transfeera estão disponíveis em transfeera.com/desenvolvedores
Fallback e redundância: garantindo disponibilidade e resiliência
Em pagamentos, indisponibilidade vai além de um problema técnico. Se o cliente está no checkout e decide finalizar a compra, mas o sistema falha bem nesse momento, a experiência será frustrante.
Por isso, a arquitetura deve assumir que falhas irão acontecer. Em outras palavras, deve prever cenários de falha e implementar mecanismos automáticos de recuperação. É nesse cenário que os mecanismos de redundância e fallback são essenciais. Em termos práticos, isso significa:
- Replicação de serviços em múltiplas zonas geográficas: para evitar interrupções regionais;
- Fallback automático: aciona rotas alternativas ou provedores secundários em caso de falha;
- Filas assíncronas: armazenam e processam requisições em segundo plano, evitando perdas durante picos de carga.
- Filas de retry: transações que falharam por motivos temporários (timeout, instabilidade) são reenfileiradas para nova tentativa em intervalos exponenciais.
SLAs e monitoramento: medindo a confiabilidade da operação
Apenas dizer que as transações fluirão corretamente não é suficiente. É preciso garantir e provar, e é para isso que existem os SLAs (Service Level Agreements) e o monitoramento contínuo, respectivamente.
Os SLAs definem os compromissos de disponibilidade, latência e taxa de sucesso que a integração deve cumprir.
Inclusive, aqui na Transfeera acompanhamos indicadores de desempenho e disponibilidade das nossas APIs em tempo real, com status page pública. Assim, PMs e Tech Leads têm total visibilidade da operação e segurança para escalar com confiança.
Como escalar uma integração de pagamentos sem comprometer a performance
Escalar tem a ver com aumentar o volume. No entanto, PMs e Tech Leads precisam ter em mente que, conforme o sistema cresce, é necessário manter o tripé:
- Latência baixa;
- Disponibilidade alta e
- Complexidade gerenciável
Para isso, considere:
- Planejamento da carga e uso de filas assíncronas: o uso de filas assíncronas permite distribuir a carga, controlar picos e garantir que nenhuma transação se perca, mesmo em momentos de alto volume. A abordagem reduz a pressão sobre os serviços principais e melhora a previsibilidade do sistema.
- Separação de responsabilidades entre serviços (microservices): em um modelo de microservices, cada componente pode ser desenvolvido, atualizado e escalado de forma independente. Se o volume de pagamentos cresce, é possível escalar apenas o serviço responsável por processá-los, sem afetar o restante do sistema. Na Transfeera, a arquitetura é desenhada para reduzir ao máximo os Single Points of Failure (SPOFs) e segregar contextos de negócio de forma independente, garantindo que falhas ou picos de carga em uma parte do sistema não afetem as demais.
Em cenários mais complexos, essa estrutura pode evoluir para sharding, uma estratégia em que a infraestrutura é dividida em blocos lógicos separados de acordo com regras de negócio, como o tamanho do cliente, criticidade dos dados ou volume de transações. - Versionamento e governança de APIs: à medida que a integração evolui, novos endpoints são criados, parâmetros são ajustados e recursos são aprimorados. Sem governança, essa evolução pode gerar conflitos e retrabalho para quem consome a API.
Integradora de meios de pagamento: quando e por que adotar
Construir uma infraestrutura de pagamentos do zero pode ser um desafio imenso, pois envolve múltiplas conexões bancárias, conciliação, liquidação, reconciliação, gestão de compliance, entre outros pontos. Tudo isso exige tempo, equipe, know-how e investimento.
É nesse ponto que entra o papel de uma integradora de meios de pagamento.
Como as integradoras facilitam a conexão entre bancos, carteiras e adquirentes
Elas fazem isso ao:
- Unificar contratos e integrações: em vez de sua empresa negociar e integrar individualmente com cada banco ou adquirente, a integradora já possui os acessos, rotas e conformidades prontos.
- Oferecer um único ponto de entrada técnico: por meio de uma API ou plataforma que suporta múltiplos meios de pagamento (Pix, boleto QR Code e cartão), reduz-se a complexidade técnica.
- Automatizar repasses e conciliações: a integradora conecta o fluxo de recebimento direto ao repasse (cash out) para vendedores ou parceiros, realizando split de pagamentos e simplificando os ciclos financeiros.
- Garantir segurança, conformidade e escalabilidade: a integradora já atende às obrigações regulatórias, disponibiliza dashboards, monitora fraudes e permite que o marketplace ou e-commerce escale sem reescrever toda a arquitetura.
Cuidados na escolha de uma integradora de pagamentos
Ao escolher uma integradora de pagamentos, considere:
1 – Cobertura de formas de pagamento
- A integradora oferece todas as modalidades necessárias (Pix, TED, boleto, cartão)?
- Possui produtos adicionais como validação de contas, split de pagamentos, multicontas?
Leia também:
2 – SLAs e confiabilidade
- Qual o uptime histórico da plataforma?
- Há SLAs contratuais com garantias de disponibilidade?
3 – Segurança e compliance
- Quais são as certificações da integradora?
- Como são gerenciadas as credenciais bancárias?
- A plataforma segue padrões como LGPD e práticas internacionais de segurança?
4 – Flexibilidade técnica
- As APIs são bem documentadas e seguem padrões REST?
- Existe suporte a webhooks para notificação assíncrona?
- Há ambiente de sandbox para testes?
5 – Suporte e documentação
- A documentação técnica está completa e atualizada?
- Há exemplos de código em múltiplas linguagens?
- Equipe técnica disponível para troubleshooting?
Arquitetura de integração na prática: erros comuns e boas práticas
No dia a dia de PMs e Tech Leads, pequenos descuidos podem escalar rapidamente para falhas críticas de disponibilidade, segurança ou desempenho. No quadro a seguir, veja alguns erros recorrentes e as boas práticas que ajudam a evitá-los:
TABELA
Como a Transfeera constrói integrações de pagamento seguras e escaláveis
Na Transfeera, cada decisão de arquitetura foi pensada para garantir estabilidade, performance e transparência, sem comprometer a simplicidade de integração. A seguir, veja como esses pilares se traduzem na prática.
Camadas de segurança e rastreabilidade de transações
Ao integrar um provedor de método de pagamento, muitas empresas caem no erro de olhar apenas a parte financeira. Por exemplo, quanto é cobrado por transação?
Contudo, tenha em mente que por trás de cada API é preciso olhar para a arquitetura, os controles de segurança e a maturidade técnica do provedor. Na Transfeera, isso se traduz em pontos como:
- São realizados assessments técnicos e de negócio dos players e parceiros;
- A empresa possui certificações internacionais reconhecidas, como ISO 27001, ISO 27701, PCI e CIS, que comprovam o compromisso com a segurança da informação e privacidade de dados.
- As APIs seguem boas práticas de API Design (padronização de propriedades, versionamento e usabilidade testada com clientes reais).
- Há controle de idempotência, que evita duplicidade de pagamentos em caso de falha sistêmica.
- E para garantir rastreabilidade total, cada evento de pagamento pode ser monitorado via logs, dashboards e webhooks, com entrega assíncrona e assinaturas seguras para autenticação de mensagens.
Além disso, a Transfeera possui nota A no Banco Central. Essa combinação de compliance, design técnico e rastreabilidade cria um ambiente de confiança para sua empresa e seus clientes.
Redundância e fallback automático para evitar indisponibilidade
A arquitetura é desenhada para eliminar Single Points of Failure (SPOFs) e assegurar que o sistema continue operando mesmo diante de falhas regionais, picos de volume ou degradação de serviços.
Os mecanismos de resiliência incluem:
- Redundância geográfica, com serviços replicados em múltiplas zonas de disponibilidade e sincronização segura dos dados;
- Fallback automático, que aciona provedores e rotas alternativas de forma transparente em caso de indisponibilidade;
- Mensageria assíncrona com webhooks, garantindo que os eventos de pagamento sejam entregues e processados, mesmo se algum serviço estiver temporariamente fora do ar;
- Endpoints de retentativas para reenviar mensagens não entregues e consultas síncronas como redundância em casos de falhas no canal assíncrono;
- Testes de stress e caos, que simulam situações extremas para identificar gargalos antes que afetem os clientes.
APIs padronizadas e integração simples com parceiros financeiros
Uma boa integração é segura, mas também é simples. Por isso, a Transfeera oferece APIs padronizadas e bem documentadas, que reduzem o tempo de desenvolvimento e simplificam o processo de integração para times de produto e tecnologia.
O cuidado começa pelo API Design, ou seja, pela forma como a “conexão” entre a Transfeera e outras empresas é pensada desde o início. Esse design considera:
- O tipo de dados trafegados e consultados;
- A padronização de propriedades e nomenclaturas;
- A usabilidade prática para desenvolvedores, testada com clientes reais;
- Uma estratégia clara de versionamento, garantindo que novas versões possam ser implementadas sem quebrar integrações existentes.
Além disso, a arquitetura contempla boas práticas que tornam a integração mais estável e previsível:
- Documentação completa e ambiente de sandbox, permitindo testar antes da entrada em produção;
- Padronização de respostas e códigos de erro, o que reduz dúvidas e agiliza o suporte;
- Retrocompatibilidade, para que a evolução das APIs não gere breaking changes;
- Suporte técnico e de negócio com SLAs definidos, oferecendo previsibilidade e agilidade na resolução de incidentes;
- Feedbacks constantes de parceiros e clientes, que ajudam a aprimorar continuamente a experiência de integração.
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