Improvisação não é uma palavra que deveria fazer parte do repertório das empresas. No entanto, a realidade mostra o contrário: segundo o Sebrae, cerca de 50% das empresas fecham nos primeiros cinco anos de existência.

Em grande parte dos casos, esse desfecho poderia ser evitado com um planejamento mais sólido e o uso adequado de ferramentas de gestão. Entre elas, os relatórios financeiros se destacam como aliados indispensáveis para monitorar resultados, antecipar riscos e identificar oportunidades de crescimento.

Ao fornecer uma visão detalhada sobre receitas, despesas, inadimplência e capacidade de investimento, esses relatórios transformam números em informações estratégicas. Com base neles, o gestor deixa de improvisar e passa a tomar decisões fundamentadas, aumentando as chances de sustentabilidade e sucesso do negócio.

A seguir, entenda o que são os relatórios financeiros, como podem apoiar a rotina de gestão e qual a melhor forma de obtê-los para garantir mais eficiência e segurança nas decisões.

Relatório financeiro: o que é e para que serve

Os relatórios financeiros reúnem dados de uma atividade ou transação em um período específico. Um bom exemplo é o fluxo de caixa, que consolida os registros de contas a pagar e a receber.

Com base nesses relatórios, a empresa consegue extrair informações relevantes para orientar a tomada de decisões.

No entanto, para que sejam realmente úteis, é essencial que os registros sejam precisos. Caso contrário, os relatórios não refletirão a realidade e poderão até mesmo comprometer os indicadores apresentados.

Principais tipos de relatórios financeiros e suas aplicações

Confira a nossa lista com os principais relatórios financeiros e como cada um pode ser aplicado no dia a dia:

Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC)

  •  O que é: é o relatório financeiro de entradas e saídas de dinheiro da empresa, em um determinado período.
  • Aplicação: ajuda no planejamento de curto prazo, mostrando ao financeiro se a empresa terá ou não dinheiro em caixa para honrar seus compromissos.

Demonstrativo de Resultado de Exercício (DRE)

  • O que é: apresenta de forma detalhada as receitas, custos e despesas, evidenciando o lucro ou prejuízo em determinado período.
  • Aplicação: permite apurar as Receitas, os Custos e as Despesas, gerando informações significativas para tomada de decisão. É no DRE que o financeiro consegue analisar se a empresa teve lucro ou prejuízo em um determinado período.

Balanço patrimonial

  • O que é: é um registro de todas as movimentações financeiras da empresa em determinado período. Para esse relatório, são considerados ativos, passivos e patrimônio líquido do negócio.
  • Aplicação: analisar a saúde financeira, medir a capacidade de pagamento e avaliar o nível de endividamento.

Contas a pagar e contas a receber

  • O que é: apresenta todas as obrigações financeiras da empresa e os valores a receber de clientes.
  • Aplicação: com esse relatório, é possível ter controle de pagamentos em determinado período. Ele também mostra os valores que estão para entrar no caixa, como as compras parceladas pelos clientes.

Relatório de Inadimplência

  • O que é: mostra os valores que deveriam ter sido recebidos.
  • Aplicação: possibilita mensurar o impacto da inadimplência no caixa e adotar estratégias de cobrança mais eficazes.

Modelo de relatório financeiro: o que deve conter

Como você viu, existem diversos tipos de relatórios financeiros. Portanto, cada um requer um grupo de informações diferentes.

Por exemplo, o DRE permite entender se a empresa obteve lucro ou prejuízo e quais fatores mais impactaram no desempenho. Para isso, é indispensável incluir dados como receitas, custos, despesas operacionais, impostos e o resultado líquido do período.

Já no caso do Fluxo de Caixa, o foco está em registrar todas as entradas e saídas de recursos, organizadas por categorias, para avaliar a capacidade da empresa de honrar seus compromissos no curto prazo.

Na plataforma de pagamentos da Transfeera, nossos clientes conseguem gerar relatórios de saques e depósitos, transferências, boletos e Pix recebidos. Abaixo, veja o exemplo de um relatório de boleto pagos extraído a partir da nossa ferramenta:

 

Relatório financeiro mensal: como acompanhar a saúde financeira

Ao analisar relatórios financeiros, gestores conseguem identificar variações de receita, entradas e saídas, aumentos de despesas, atrasos em recebimentos ou qualquer outro sinal de alerta.

Para exemplificar, é na análise dos relatórios de contas a pagar e receber que o setor financeiro consegue ter uma visão detalhada sobre os prazos médios de recebimento e de pagamento, permitindo avaliar a liquidez da empresa e planejar melhor os próximos passos.

E como fazer o acompanhamento? Mais uma vez, tudo depende do tipo de relatório a ser analisado. O ideal é:

  • Definir claramente os indicadores que precisam ser monitorados;
  • Registrar os dados de forma precisa e organizada;
  • Comparar os resultados com períodos anteriores ou com o orçamento previsto;
  • Gerar gráficos ou resumos visuais para facilitar a interpretação;
  • Tomar decisões estratégicas com base nos insights obtidos.

Melhores práticas para emitir relatórios financeiros precisos

Emitir relatórios confiáveis começa com o registro correto de todas as atividades e transações financeiras da empresa. A partir desses dados, o gestor consegue extrair indicadores relevantes, ter uma visão detalhada do cenário e tomar decisões mais estratégicas.

Para isso, algumas boas práticas são essenciais:

  1. Definir os indicadores a serem analisados: saiba exatamente quais métricas vão guiar sua gestão.
  2. Organizar métricas e indicadores de forma visual: gráficos e tabelas facilitam a interpretação do cenário analisado.
  3. Realizar análises periódicas: compare resultados, identifique tendências e pontos críticos.
  4. Tomar decisões fundamentadas: utilize os insights obtidos para ajustar estratégias e otimizar recursos.

Quando a empresa ainda não possui um sistema de automação financeira, os relatórios podem ser gerados manualmente, usando planilhas. Embora funcional, esse método é mais suscetível a erros e demanda mais tempo.

Por outro lado, um bom software de gestão financeira automatiza o processo. Basta registrar os dados, e o sistema gera relatórios precisos de forma rápida e segura, garantindo maior confiabilidade e agilidade na tomada de decisão.

Como interpretar dados de um relatório financeiro para tomar decisões

Sozinhos, os números não dizem nada. O verdadeiro valor dos relatórios financeiros está na análise e interpretação das informações.

Por isso, o primeiro passo é entender o contexto: observe o período analisado, o tipo de relatório e a situação do mercado ou da empresa naquele momento.

O segundo é a análise em si. Por exemplo:

  • Ao analisar o fluxo de caixa, perceber que os pagamentos a fornecedores estão concentrados em determinado período pode levar a renegociar prazos, evitando problemas de liquidez.
  • O acompanhamento de inadimplência permite adotar ações de cobrança ou ajustar políticas de crédito antes que o problema impacte seriamente o caixa.
  • Se ao analisar os relatórios de contas a pagar e contas a receber o setor financeiro identificar que os prazos médios de recebimento estão muito longos, enquanto os pagamentos a fornecedores estão concentrados em datas próximas, isso indica um descompasso no ciclo financeiro.

Com essa informação, a empresa pode renegociar prazos de pagamento com fornecedores para equilibrar o fluxo de caixa, ou ajustar políticas de crédito ou cobrança para reduzir a inadimplência. Além disso, para evitar falta de liquidez, pode planejar melhor os investimentos ou despesas futuras.

Na hora de interpretar dados, é importante também comparar resultados com períodos anteriores ou com o orçamento previsto. Isso ajuda a detectar tendências, melhorias ou problemas emergentes.

Erros comuns em relatórios financeiros e como evitá-los

Se de um lado os relatórios financeiros são ferramentas essenciais para a gestão empresarial, por outro, erros ignorados podem comprometer a tomada de decisão. E quais erros são esses? Acompanhe:

Dados imprecisos ou incompletos

Este talvez seja o pior e mais clássico dos erros. Registros financeiros incorretos ou desatualizados, levam a decisões erradas.

Por exemplo, dados de contas a receber incompletos podem fazer com que a empresa ignore clientes inadimplentes, resultando em problemas de liquidez.

Como evitar: mantenha registros precisos e atualizados, e revise lançamentos regularmente.

Não considerar o contexto

Sua empresa fechou o mês de novembro com um lucro de 25%, resultado de uma boa estratégia de Black Friday. Como esse número superou a meta, no mês seguinte a equipe decide dobrar o estoque dos itens mais vendidos, acreditando que a alta demanda se repetirá.

No entanto, ao não considerar o contexto – que o lucro elevado e a grande procura foram resultado de uma promoção sazonal específica – a empresa corre o risco de ter excesso de estoque, custos desnecessários e capital imobilizado, caso a demanda volte ao nível normal.

Como evitar: sempre analise os dados considerando o contexto histórico e comparando com metas ou períodos anteriores.

Excesso de informações irrelevantes

Um relatório financeiro deve conter as informações necessárias para o que está sendo analisado – ou seja, nem mais e nem menos.

Para ilustrar, imagine que você deseje analisar os pagamentos recebidos via Pix, boleto e cartão de crédito no primeiro trimestre.

Se o relatório incluir todos os pagamentos do trimestre, mais as despesas e informações irrelevantes para esse objetivo, fica mais difícil interpretar os dados e identificar padrões ou problemas específicos.

Ainda, existe o risco de que o excesso de informação irrelevante leve a conclusões equivocadas ou decisões lentas, já que o gestor precisa filtrar manualmente o que é necessário.

Como evitar: destaque os dados mais relevantes e use gráficos ou resumos visuais para facilitar a interpretação.

Ferramentas e recursos para criar modelos de relatórios financeiros

A forma mais tradicional de criar relatórios financeiros é por meio de planilhas eletrônicas,  como Excel ou Google Sheets. Elas permitem organizar dados, criar fórmulas, gerar gráficos e personalizar os documentos de acordo com a necessidade do negócio.

Para empresas que estão começando, as planilhas podem ajudar. No entanto, à medida que crescem e a demanda por dados aumenta, é recomendável investir em ferramentas de Business Intelligence, softwares de gestão financeira (ERP) ou plataformas de pagamentos.

No caso de relatórios de pagamentos e recebimentos, você pode utilizar a plataforma da Transfeera e visualizar:

  • Relatório de boletos pagos
  • Relatório de transferências realizadas
  • Relatório de recebimentos, onde é possível analisar fatores como:
    • Pagamentos por mês: para acompanhar quais meses seu fluxo de contas a pagar teve um acréscimo ou um declínio.
    • Pagamentos por dia: para identificar quais dias no mês você processou mais pagamentos.
    • Pagamentos por banco: visualizar quais os bancos mais usados por seus clientes.
    • Falhas por banco: quais os bancos têm mais problemas para receber seus pagamento
    • Finalizado x Devolvido: comparar qual a taxa de pagamentos que deram certo versus aqueles que retornaram por algum motivo.
    • Principais motivos de falha: identificar os motivos de falhas para evitar erros e retrabalhos futuros.

Compreenda de que maneira a Transfeeera otimiza sua emissão e análise de relatórios financeiro

Com a Transfeera, a operação de pagamentos é detalhada em relatórios e indicadores de simples análise, eliminando a necessidade de contar com planilhas de Excel para a tomada de decisão.

Além de gerar relatórios financeiros para o gestor saber como está a eficácia dos pagamentos, o sistema também traz vantagens como:

Conheça mais sobre a plataforma de pagamentos da Transfeera!

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