Muitas empresas de consumo passaram a incorporar produtos e serviços financeiros aos seus portfólios. Isso é possível graças ao embedded finance, modelo que traz a possibilidade aos negócios não atuantes no mercado de finanças de fornecer aos seus clientes serviços financeiros de forma integrada às suas plataformas.
Na prática, isso só é possível graças ao uso de APIs, que conectam fintechs e instituições financeiras a sites e aplicativos de empresas de diferentes segmentos.
Se no B2C esse movimento já é percebido em experiências do dia a dia, no B2B ele ganha ainda mais relevância. Afinal, embutir serviços financeiros em plataformas corporativas pode significar não apenas conveniência, mas também novas fontes de receita, fidelização de clientes e maior retorno sobre investimento (ROI).
E para que empresas B2B consigam alcançar esse potencial, as fintechs desempenham um papel estratégico: são elas que fornecem a infraestrutura tecnológica e regulatória capaz de transformar negócios tradicionais em provedores de soluções financeiras completas. Entenda melhor a seguir.
O que é Embedded Finance e como funciona na prática
Embedded finance significa “finanças embutidas” em uma tradução livre. É quando organizações não financeiras adotam e integram serviços financeiros – como pagamento via Pix e empréstimo – em seu portfólio.
O objetivo é ajudar as empresas a aumentar seus fluxos de receita existentes, a lançar novos produtos, a oferecer pagamentos integrados, a reinventar os serviços que oferecem a seus clientes e a dar maior conveniência a eles. Tudo isso para que os usuários tenham uma relação mais duradoura com a empresa que, por sua vez, poderá ir além de vender um produto/serviço.
O varejo nos dá diversos exemplos que ilustram melhor como o embedded finance funciona na prática. Um deles vem da Casas Bahia, que possui uma conta digital própria, o BanQi, para fornecer serviços digitais aos seus clientes.
Google e Apple também são exemplos de empresas que adotaram o conceito com as carteiras digitais Google Pay e Apple Pay, respectivamente.
Dica: no trecho abaixo, retirado de um episódio do PodTransferir, o podcast da Transfeera, você poderá entender um pouco melhor sobre embedded finance e suas vantagens:
Embedded Finance em fintechs: papel e impacto no setor financeiro
As primeiras experiências de embedded finance surgiram no varejo, mas sua consolidação está diretamente ligada ao papel das fintechs. São elas que fornecem a infraestrutura tecnológica e regulatória, por meio de APIs, que permitem a empresas de diferentes segmentos oferecerem serviços financeiros integrados em suas plataformas.
Na prática, isso representa uma transformação significativa para o setor financeiro. Bancos e instituições tradicionais deixam de ser os únicos provedores de serviços, e o mercado passa a contar com uma rede de soluções mais ágil, personalizada e acessível. O resultado é maior competição, democratização dos serviços financeiros e inclusão de novos públicos.
Quer um exemplo? Empresas podem oferecer produtos digitais próprios, como empréstimos bancários e cartões com os quais clientes pagam suas contas e têm acesso ao crédito. Outros produtos/serviços que qualquer negócio pode oferecer ao embutir serviços financeiros ao seu portfólio são:
- Pagamentos por Pix;
- Contas e carteiras digitais;
- Transferência de valores;
- Depósitos;
- Investimentos;
- Criptomoedas;
- E outros serviços.
Principais vantagens e desvantagens do Embedded Finance para empresas
Até um tempo atrás, quando uma empresa de um setor não financeiro queria oferecer serviços financeiros nativamente, uma das opções era criar um braço fintech dentro da organização. Como você pode imaginar, os gastos para isso eram significativos.
E é justamente nesse ponto que destacamos uma das vantagens das “finanças embutidas”: a empresa não precisa montar uma fintech do zero. Ao contrário, pode se apoiar em fintechs parceiras e em modelos de Banking as a Service (BaaS) para disponibilizar serviços como pagamentos, crédito, seguros ou investimentos dentro da sua plataforma.
Adicionalmente, o embedded finance abre a possibilidade de novas fontes de receita, como antecipação de recebíveis, venda cruzada de produtos financeiros (por exemplo, seguros ou proteção de pagamentos), entre outros. Isso aumenta a fidelização e retenção de clientes, uma vez que quanto mais serviços financeiros associados à plataforma, menor propensão do cliente migrar para concorrentes.
Outro benefício importante para as organizações é que o embedded finance pode ser uma fonte de insights preciosos sobre os hábitos de consumo e as necessidades dos clientes.
No entanto, apesar das vantagens, há alguns pontos a se considerar. Um deles é com relação ao risco operacional e de fraude. Quanto mais serviços financeiros são embutidos, mais vulnerável a empresa pode ser. Nesse sentido, investir em mecanismos de segurança, autenticação e prevenção de fraudes torna-se indispensável.
Existe ainda a dependência de parceiros estratégicos. A escolha de fintechs é decisiva para o sucesso do projeto, já que falhas de um parceiro podem impactar diretamente a reputação da empresa junto ao cliente final.
Embedded Finance B2B: o que todo PM precisa saber para gerar ROI
No contexto B2B, o Embedded Finance vai muito além de conveniência: ele pode ser um diferencial competitivo decisivo para gerar retorno sobre investimento (ROI). Para o Product Manager (PM), entender como incorporar serviços financeiros ao produto é fundamental para justificar investimentos e posicionar a empresa de forma estratégica no mercado.
Para isso, o PM precisa ter visão estratégica e entender como e quais serviços financeiros podem se alinhar com a proposta de valor da empresa.
Como exemplo, marketplaces como Amazon e Shopee oferecem a opção de compra com um clique. Já a Magazine Luiza, por meio do Cartão Magalu, oferece benefícios exclusivos em compras na loja. Ambos os recursos são possíveis graças ao embedded finance.
É importante também que o PM trabalhe em alinhamento com os times de tecnologia e compliance para viabilizar integrações seguras e escaláveis. De nada adianta, por exemplo, adicionar pagamentos ou crédito à plataforma se a experiência do usuário for lenta, insegura ou se não atender às exigências regulatórias.
Por isso, sempre que for avaliar as possibilidades, o PM precisa ter foco no cliente. Mais do que lançar funcionalidades financeiras, o sucesso depende de entender quais serviços realmente resolvem dores da base de usuários e como esses recursos podem fortalecer a proposta de valor do produto no longo prazo.
E como só podemos gerenciar o que medimos, é essencial definir métricas de impacto. Ou seja, as iniciativas de embedded finance devem ser medidas por indicadores. Alguns que podem ser utilizados são:
- Aumento de ticket médio
- Redução de churn
- Crescimento do LTV (Lifetime Value)
- Geração de novas linhas de receita
Como o Embedded Finance gera novas fontes de receita para empresas
“Pesquisas mostram que quando empresas de SaaS incorporam serviços financeiros no ponto de necessidade, eliminando atritos e ineficiências de pagamento, elas podem aumentar sua receita de 2 a 5 vezes, reduzir o custo de aquisição de clientes (CAC) e, ao mesmo tempo, aumentar o valor da vida útil do cliente (LTV)”.
A informação acima vem de um relatório da Treasury Prime. Já de acordo com um artigo no site da Accenture, ofertas de embedded finance para pequenas e médias empresas podem aumentar receitas globais em até US$ 92 bilhões.
Embora esse cenário possa parecer distante da realidade brasileira, é fato que, se o embedded finance for adotado estrategicamente, o ecossistema financeiro criado graças a ele pode trazer novas fontes de receitas para empresas B2B.
Como resultado, as organizações aumentam a fidelização, fortalecem a proposta de valor da marca e geram ROI sustentável no longo prazo.
O papel do Tech Lead e das APIs na integração de soluções de Embedded Finance
Se o Product Manager é responsável por definir a estratégia e alinhar o embedded finance à proposta de valor do negócio, o Tech Lead atua como ponte entre os times de produto e engenharia, garantindo que as soluções financeiras embutidas façam sentido tanto do ponto de vista técnico quanto de negócio.
Ele deve colaborar diretamente com o time de produto para definir o melhor caminho de integração, ou seja, aquele que equilibra viabilidade técnica, atendimento a requisitos regulatórios e eficiência operacional. Também cabe a esse profissional avaliar trade-offs técnicos, prever impactos de performance e assegurar que as integrações sigam os padrões de segurança e conformidade exigidos pelo setor financeiro.
Outro ponto importante é o suporte na escolha de fornecedores e parceiros tecnológicos. O Tech Lead auxilia na decisão, especialmente para ajudar na visão de custo de toda a arquitetura.
Boas práticas de segurança em soluções de Embedded Finance com a Transfeera
Na Transfeera, a segurança está no centro de cada integração. Algumas boas práticas adotadas incluem:
- Criptografia ponta a ponta: protege dados durante o tráfego entre sistemas e APIs, garantindo que informações confidenciais não sejam acessadas por terceiros.
- Autenticação multifator (MFA): reforça a proteção contra acessos indevidos e fraudes.
- Monitoramento em tempo real: sistemas de prevenção detectam e bloqueiam tentativas de fraude antes que afetem os usuários.
- Conformidade regulatória: a Transfeera segue rigorosamente padrões de segurança e normas do Banco Central, além de boas práticas globais como ISO 27001 e PCI DSS.
- Governança de dados: aderência à LGPD, assegurando que os dados dos clientes sejam tratados com transparência e responsabilidade.
- Processos de KYC (Know Your Customer): no onboarding de pessoas físicas e jurídicas, a Transfeera realiza verificações completas, como análise documental (documentoscopia) e background check, garantindo autenticidade e reduzindo riscos de fraude.
- Ferramentas digitais de monitoramento: a solução da Transfeera disponibiliza o Painel de Infrações (MED), que permite visualizar e gerenciar infrações recebidas via o Mecanismo Especial de Devolução Pix, além de acompanhar prazos de contestação de forma centralizada e segura.
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Desafios e barreiras para implementação do Embedded Finance
Apesar de todas as oportunidades que o embedded finance oferece, sua implementação não é isenta de desafios. Para empresas que desejam adotar esse modelo, é fundamental entender as principais barreiras que podem surgir:
- Complexidade regulatória: oferecer serviços financeiros embutidos exige atenção às normas do Banco Central, além de legislações como a LGPD.
- Integração com sistemas legados: muitas empresas ainda operam com tecnologias antigas que não se comunicam facilmente com APIs modernas, o que pode gerar custos elevados de adaptação.
- Custos de implementação: embora mais acessível que criar um braço fintech do zero, implementar soluções de embedded finance ainda demanda investimento em tecnologia, segurança e compliance.
- Risco operacional e de fraude: quanto mais serviços financeiros são integrados, maior é a superfície de ataque para golpes e tentativas de fraude.
- Mudança cultural e organizacional: para muitas empresas, adotar embedded finance significa repensar o próprio modelo de negócios, o que pode gerar resistência interna.
A Transfeera ajuda empresas a explorar o potencial do Embedded Finance
Para embutir serviços financeiros ao portfólio da sua empresa, é preciso conectar serviços de pagamentos, financeiros e/ou bancários à sua plataforma. Isso é possível por meio de APIs (Application Programming Interfaces).
As APIs funcionam como pontes que ligam sistemas diferentes e facilitam a troca de dados. Na prática, são elas que permitem a qualquer empresa aderir ao Embedded Finance, oferecendo serviços financeiros embutidos de forma rápida, segura e escalável.
Pensando nisso, a Transfeera desenvolveu um portfólio de APIs especializadas em pagamentos, que dão suporte a diferentes modelos de negócio:
- API Pix: permite envios e recebimentos automatizados com tecnologia avançada e rigorosas medidas de segurança. A solução garante uma experiência rápida e confiável para sua empresa e clientes.
- API de Boletos com QR Code: simplifica cobranças ao combinar o tradicional código de barras com a conveniência do QR Code do Pix. Assim, sua empresa oferece dois métodos de pagamento em uma única solução, facilitando a vida do cliente e ampliando as chances de recebimento.
- API de Cartão de Crédito: uma integração segura e robusta para quem deseja oferecer parcelamento em até 24x, com recebimento em D+30 ou antecipação para D+2 (sujeito a análise). Conta com 97% de taxa de aprovação e processamento ágil, sem fricção.
E tem mais! A Transfeera disponibiliza um ambiente sandbox para que sua equipe possa testar os endpoints da API com segurança. É possível simular transações de pagamento, gerar QR Codes Pix, validar dados bancários e explorar todas as funcionalidades antes de levar a solução para produção.
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