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Open insurance: como funciona e qual a sua aplicação?

Open insurance: como funciona e qual a sua aplicação?

É indiscutível o fato de que cada vez mais o cenário aponta para a digitalização dos mercados. Também não podemos negar que nós, como empresas e mesmo como clientes, queremos praticidade e menos burocracia. Isso tem levado a diversas inovações, como Open Finance e Open Insurance.

O primeiro conceito, open finance, já foi abordado no nosso blog. Mas, open insurance o que é? Neste artigo, explicamos o significado do termo, como ele funciona, suas aplicações e benefícios e muito mais. Aproveite.

O que é open insurance?

Open insurance é um sistema de seguro aberto que tem como objetivo fomentar a inovação, a concorrência e a personalização no mercado de seguros, promovendo colaboração entre empresas do setor, provedores de tecnologia e de serviços e consumidores.

Perceba ainda que o open insurance torna possível aos clientes de produtos e agências de seguros compartilharem suas informações entre empresas credenciadas pela Superintendência dos Seguros Privados (Susep).

Essa abertura permite a entrada de diferentes players que poderão atuar para desenvolver uma experiência de seguros compatível aos anseios dos consumidores.

Fazendo um parêntese, na introdução deste artigo citamos o open finance. Há ainda um outro conceito que precisamos mencionar ao tratar de open insurance. Estamos falando de open banking.

Assim como o open banking, o open finance surgiu para facilitar a vida de clientes e trazer dinamismo e transparência para o mercado.

Dito isso, algumas das vantagens do sistema de seguro aberto são:

  • Desenvolvimento de produtos e serviços mais personalizados;
  • Maior conhecimento sobre o perfil do cliente;
  • Portfólio de produtos capaz de atender a diferentes demandas;
  • Melhora na jornada de compra.
  • Entre outras que veremos mais adiante.

Como você deve imaginar, isso significa uma evolução para esse mercado, o qual é caracterizado por ter uma estrutura mais fechada.

Participantes do open insurance

As instituições classificadas pelo Banco Central como segmentos S1 e S2 têm participação obrigatória. As demais – seguradoras, Sandbox, sociedades processadoras de ordem do cliente, Insurtechs, instituições de previdência, e outras organizações autorizadas pela SUSEP – possuem adesão opcional.

A ideia é que no futuro, com mais abertura, startups, pequenas e médias empresas também possam ser beneficiadas e atuarem como participantes.

Dica Transfeera: Confira a lista completa e saiba quem são os participantes do open insurance.

Cronograma de implementação do open insurance

O open insurance também segue um cronograma de implementação como o open banking, ou seja, realizado por fases. Dê uma olhada:

  • Fase 1: ocorre a abertura e padronização de dados das seguradoras e a disponibilização das informações sobre canais de atendimento e produtos e serviços.
  • Fase 2: consumidores podem consentir com o compartilhamento de dados com as seguradoras de sua escolha.
  • Fase 3: consumidores poderão acessar serviços de seguros sem precisar interagir diretamente com os canais das seguradoras com as quais já possuem relacionamento. Ao permitir que clientes utilizem serviços de seguros por meio de outros canais ou plataformas, a experiência torna-se aprimorada e conveniente.

Como funciona o open insurance?

Também como no open banking, no open insurance o compartilhamento de dados entre seguradoras, bancos, Insurtechs e outras organizações é possível graças às APIs abertas. Para você entender, uma API consiste em um conjunto de protocolos que permitem que diferentes componentes de software se comuniquem e transfiram dados.

Quando falamos de API aberta (Open API, em inglês), nos referimos a uma interface de código aberto disponível para outras empresas e desenvolvedores. Desse modo, as APIs atuam como uma ponte, conectando diferentes empresas.

Importante destacar que, conforme estabelecido pela SUSEP, os dados dos consumidores somente poderão ser compartilhados com a permissão deles. Além de ter que dar o consentimento, são os clientes que escolhem com quais instituições e empresas de seguros desejam compartilhar suas informações.

Open insurance e mercado de seguros: quais os impactos?

Os impactos do open insurance no Brasil são vários. Um deles está relacionado às possibilidades de desenvolvimento de novas soluções. Esse leque de possibilidades aumenta a competitividade no setor e abre as portas para a inovação.

O raciocínio é simples: com mais meios e alternativas para inovar, a tendência é que surjam novas soluções, produtos e negócios.

Tornar os produtos de seguros mais acessíveis é outro impacto considerável. Pelo fato de aumentar a competitividade, as empresas precisarão também atuar com preços mais atrativos, o que incentiva um novo público a adquirir seguros. Isso resulta também na ampliação do campo de atuação das organizações, que poderão atingir um mercado diferente do que estavam habituadas.

Por fim, mais não menos importante, vem a questão de que o open insurance força o setor a acelerar o processo de digitalização e a utilizar ferramentas tecnológicas que trazem mais agilidade ao fluxo de trabalho, como as assinaturas eletrônicas e os smart contracts.

Quais as diferenças entre open insurance e open banking?

Tanto open banking como open insurance no Brasil visam transformar o mercado, promovendo a concorrência, democratizando serviços e melhorando a oferta. Contudo existe uma importante diferença entre os conceitos:

  • O open banking é a abertura dos dados bancários e compartilhamento dos mesmos entre instituições financeiras, fintechs e outras empresas autorizadas, desde que haja o consentimento dos clientes.
  • O open insurance, por sua vez, é um conceito semelhante, com a diferença de que seu escopo de atuação é o mercado de seguros e previdência.

Então, observe que ambos objetivam melhorar a experiência do cliente em serviços bancários (open banking) e de seguros (open finance) por meio colaboração, inovação e a personalização.

E para aprofundar um pouco mais, entenda ainda que, acima desses dois termos existe o Open Finance, que foi o conceito que deu o pontapé inicial a todas essas inovações.

Benefícios do open insurance

Existem algumas vantagens consideráveis do open insurance, que são:

Conveniência para os clientes

Pelo seu significado, open insurance possibilita uma abertura do mercado de seguros e previdência. Na prática, plataformas digitais e lojas virtuais podem integrar ofertas de seguros nos processos de compra.

Além de oferecer um novo serviço, empresas podem trazer mais conveniência aos clientes, que poderão adquirir tudo o que precisam no mesmo ambiente de compras.

Melhora a experiência do cliente

Com o open insurance, os clientes têm mais opções para decidir o que desejam contratar (e produtos que são mais adequados ao seu perfil). Isso já é um indicativo de melhora na experiência do cliente, mas existe um outro fator importante.

No sistema aberto de seguros, os processos são automatizados e digitalizados, o que traz mais agilidade. A burocracia, tradicional desse setor, também é reduzida significativamente, deixando os clientes mais satisfeitos.

Redução de custos

Tanto a integração de sistemas quanto o compartilhamento de dados podem contribuir para a redução de custos nas seguradoras. Isso dá uma margem maior para essas empresas trabalharem com descontos ou preços mais acessíveis.

Guia: redução de custos nas empresas

Democratizar o acesso

Quando o Pix surgiu, um dos pontos abordados foi o fato de ele democratizar o acesso aos meios de pagamentos eletrônicos. O open finance tem essa mesma característica.

A razão é que, ao impulsionar a competitividade e a consequente oferta de produtos com preços mais acessíveis, pessoas que até então não adquiriram seguros passarão a ter mais opções. Como comentamos mais acima, isso abre espaço para empresas trabalharem em novos mercados e atingir uma parcela da população que até então não era tida como público-alvo.

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Quais as aplicações do open insurance?

O open insurance não abre as portas apenas para serviços e produtos mais aderentes às necessidades do consumidor. Suas aplicações podem ainda variar, como exemplificado pela SUSEP:

  • Desenvolvimento de aplicativos que permitem a comparação de seguradoras em um só local e a utilização de dados pessoais para definir os produtos mais compatíveis ao perfil do usuário.
  • Soluções tecnológicas para atender as necessidades dos consumidores como, por exemplo, produtos de  previdência complementar e capitalização.
  • Integração de serviços com varejistas. Por exemplo, lojas virtuais podem oferecer um seguro de garantia estendida para produtos eletrônicos com parte da jornada de compra.

Conclusão

O open insurance é mais uma iniciativa alinhada com as tendências do mercado. Conforme você viu neste artigo, para as lojas virtuais o conceito traz oportunidades visando a melhoria da experiência do cliente e a expansão do negócio.

Empresas que conseguirem se adaptar a mais essa iniciativa, sem dúvidas darão um passo à frente e têm tudo para atrair mais clientes e se destacar.

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