Quanto tempo você fica conectado nas redes sociais? E os seus clientes? Se você nunca se preocupou em conhecer esses dados, saiba que, de acordo com pesquisa da Consumer Pulse, os brasileiros passam, em média, mais de 9 horas por dia online. Dessas, as redes sociais ocupam 3 horas.
Esse comportamento, chamado de hiperconexão, transforma a forma como nos relacionamos e impacta diretamente o jeito de consumir. E se o brasileiro está acima da média global em termos de tempo de conexão, seu negócio online precisa conhecer este termo: social commerce.
Continue a leitura e entenda o que é, como funciona, as vantagens e desvantagens do social commerce, exemplos práticos, tendências no Brasil e como empresas como a sua podem aproveitar.
O que é Social Commerce e como funciona na prática
Social commerce (comércio social) refere-se à venda de produtos e serviços diretamente pelas redes sociais. Significa que o cliente acessa a rede de sua preferência para pesquisar algo, fazer comparações, ler comentários, se engajar com a marca e realizar a sua compra sem precisar sair do aplicativo.
É como se Instagram, Facebook e TikTok, por exemplo, se tornassem vitrines e, ao mesmo tempo, pontos de venda e de interação. Por isso, a beleza por trás do social commerce é acelerar o processo de venda, oferecendo uma experiência de compra sem atrito.
Portanto, na prática, os clientes adquirem produtos diretamente nas plataformas sociais, encurtando o caminho até a compra e aumentando as conversões.
Para ficar mais claro, imagine que um cliente seu vê um post patrocinado de algum produto. Ele curte o post e clica nele. Então, ele é direcionado para a vitrine da própria rede social, onde encontra fotos, descrições e até avaliações de outros consumidores. Se ainda restar alguma dúvida, ele pode abrir o chat e conversar diretamente com a marca, recebendo atendimento em tempo real.
Com apenas alguns cliques o cliente adiciona o item ao carrinho e conclui o pagamento dentro do mesmo aplicativo. Da descoberta do produto até a finalização da compra, tudo acontece de forma simples e integrada.
Principais características do comércio social e sua diferença para o e-commerce tradicional
O social commerce reúne entretenimento, engajamento e consumo no mesmo espaço digital. Já o e-commerce tradicional é uma plataforma de vendas.
Note que em uma loja digital, o cliente não interage com a marca da mesma maneira que o faz dentro de uma rede social. Isso porque o propósito do e-commerce é vender. Já o comércio social ajuda a impulsionar as vendas no e-commerce.
Ele faz isso através da interação de seus clientes nas mídias sociais e da colaboração dos usuários para promover e vender produtos ou serviços.
Vantagens e desvantagens do Social Commerce para empresas e consumidores
O social commerce, assim como qualquer modelo, apresenta vantagens e desvantagens. Acompanhe:
Vantagens e desvantagem para empresas
Um dos pontos altos do social commerce é criar uma experiência de compra móvel e um caminho para a compra perfeitos. O usuário pode simplesmente navegar pelo seu aplicativo de rede social favorito, ver um item de que gosta e comprá-lo diretamente por Pix ou cartão de crédito, por exemplo.
Se o checkout estiver habilitado pelo aplicativo, os clientes nem mesmo serão redirecionados para o site da marca. Essa redução de barreiras na jornada de compra diminui o abandono de carrinho e aumenta a conversão. Do mesmo modo, a interação direta nas redes sociais (que é onde a maioria das pessoas passa parte do tempo) fortalece o relacionamento.
O social commerce é também uma maneira de aumentar o alcance. Posts patrocinados, conteúdos virais e influenciadores ajudam a conquistar novos públicos e, consequentemente, expandir a atuação da empresa.
Por outro lado, as vendas nas redes sociais são reféns das mudanças de algoritmos, que podem impactar a visibilidade da marca. Outro aspecto negativo é a concorrência. Além de concorrer com outras marcas, no social commerce existem outros posts que disputam a atenção dos seus clientes.
Vantagens e desvantagens para clientes
Para os consumidores, a conveniência é uma das principais vantagens. Como todo o processo de compra acontece no mesmo lugar em que eles já passam boa parte do tempo, a experiência se torna mais simples e natural.
Além disso, outros dois pontos positivos merecem destaque:
- As redes sociais oferecem rapidez, pois as etapas para concluir a compra são menores que no e-commerce.
- Comentários, curtidas e avaliações ajudam a tomar decisões com mais confiança.
No entanto, há algumas desvantagens. Uma delas é o risco de impulsividade, o que é algo bom para as marcas, mas nem tão bom assim para quem compra. Essa impulsividade existe justamente pela facilidade de compra.
Outra desvantagem é a dependência da plataforma, pois caso haja instabilidade ou qualquer problema técnico, a experiência pode ser prejudicada (dependendo do caso, pode ser frustrante para o cliente e causar problemas na imagem da marca).
Social Commerce no Brasil: panorama atual e crescimento do setor
Quando o assunto é compras via redes sociais, o Brasil é um mercado fértil. De acordo com o Relatório do Varejo 2025, divulgado pela Adyen, mais da metade dos brasileiros compra pelas mídias sociais.
Do lado do comportamento, o Instagram ocupa a segunda posição de rede social mais utilizada no Brasil, perdendo apenas para o WhatsApp. O TikTok, por sua vez, em 2024 contava com 105,3 milhões de usuários no Brasil, correspondendo a 48,5% da população total do país.
Em valor de mercado, o social commerce no Brasil movimentou cerca de US$ 9,0 bilhões em 2024, com CAGR projetado de 26,3% entre 2025 e 2033.
Como o Social Commerce gera novas oportunidades de vendas online
Conforme dados da eMarketer, as compras via redes sociais crescem mais do que 30% ao ano no Brasil. Com esse dado, já é possível ver como o social commerce tem potencial de gerar oportunidades de vendas.
Um dos motivos para isso é o reconhecimento de marca que as empresas ganham. O comércio social pode atingir mais pessoas e, como já comentamos, ampliar o seu leque de clientes.
No social commerce, as etapas para concluir uma venda são reduzidas. Isso reduz também as chances de carrinhos de compra abandonados. Vale pontuar ainda que recursos de interação como chats e comentários permitem resposta imediata às dúvidas, coleta de feedback autêntico e adaptação rápida da comunicação.
Essa proximidade fortalece a confiança, cria experiências personalizadas e gera conexão. O resultado são novas oportunidades de vendas no curto, médio e longo prazo.
Exemplos de estratégias de Social Commerce que dão resultado
No Brasil, grandes empresas já adotam a estratégia de social commerce, misturando conteúdo, influência e tecnologia para transformar redes sociais em canais reais de venda.
A Magazine Luiza, por exemplo, lançou a iniciativa “TikTok One”, que transforma vendedores (sellers) em criadores de conteúdo. A ideia é que esses vendedores produzam publicações autorais e também atuem com promoção de produtos, tudo alinhado à narrativa da marca.
A ação demonstra claramente como o social commerce pode conectar marketplace, criadores de conteúdo e venda direta, mobilizando vendedores dentro do ecossistema digital da própria empresa.
Outro exemplo é a estratégia usada por marcas de beleza como a Natura, que utilizam conteúdo gerado pelos usuários (UGC – user generated content) para fortalecer a confiança e converter no ambiente digital.
Por meio desse tipo de conteúdo autêntico (fotos e vídeos reais de clientes usando os produtos), a interação nas plataformas da marca aumentou. Um estudo mostra que a Natura coletou mais de 310 mil imagens/vídeos gerados por usuários e atingiu uma taxa de interação de 3,93% com esse conteúdo.
Além desses exemplos, destacamos que 28% dos brasileiros assistem a transmissões ao vivo com foco em compras, e desses, 45% já realizaram compras durante lives. Isso nos leva a outra iniciativa que dá resultados: o live commerce, que já é um formato real e relevante de social commerce no Brasil.
O papel das redes sociais na expansão do comércio social
Sem redes sociais não há social commerce. Mas muito mais do que o motor que impulsiona a estratégia, as redes hoje viraram plataformas completas de consumo. E como existem várias redes, é importante entender que cada uma oferece recursos próprios que estimulam o comércio:
- Instagram: vitrines integradas, checkout nativo e forte apelo visual.
- TikTok: algoritmos que viralizam conteúdos e o formato de vídeos curtos, perfeitos para despertar desejo imediato.
- WhatsApp: catálogos de produtos, atendimento direto e links de pagamento, ampliando a conveniência.
- Facebook: marketplaces integrados e comunidades que fortalecem a confiança entre compradores e vendedores.
- YouTube: transmissões ao vivo com links de compra, integração com anúncios e influenciadores, além de vídeos de review e unboxing que funcionam como gatilhos de decisão.
Social Commerce vale a pena? Pontos para avaliar antes de adotar
Embora as redes sociais façam parte da vida dos brasileiros e o social commerce seja uma estratégia que vem trazendo resultados, antes de aplicá-la, é fundamental avaliar se ela é para o seu negócio. Veja alguns pontos a considerar:
- Perfil do público: seu público frequenta as redes sociais? Se sim, ele costuma interagir ou apenas consumir conteúdo?
- Redes sociais utilizadas: quais redes o seu público utiliza mais?
- Tipo de produto ou serviço: itens de consumo rápido, como moda, beleza e eletrônicos, costumam ter um melhor desempenho nas redes sociais, pois se beneficiam de demonstrações visuais e do impulso de compra. Produtos de ciclo de decisão longo podem exigir estratégias híbridas.
- Capacidade de atendimento: o social commerce é sinônimo de agilidade. É preciso ter uma equipe disponível para tirar dúvidas e resolver problemas praticamente em tempo real.
- Integração com meios de pagamento: o checkout deve ser simples e seguro. Links de pagamento, integração com carteiras digitais ou APIs podem fazer a diferença na experiência.
Boas práticas para aumentar as vendas no Social Commerce
Se você deseja adotar o social commerce, já comece do jeito certo. Dê uma olhada em algumas estratégias para aumentar as vendas:
1 – Habilite o checkout nativo
O social commerce só funciona de verdade quando a jornada de compra é sem atrito. Direcionar clientes das redes sociais para o e-commerce tradicional gera fricção e aumenta o risco de abandono de carrinho.
Por isso, sempre que possível habilite o checkout nativo dentro das plataformas, como TikTok Shop, Instagram Shopping, Facebook Shop, e YouTube Shopping (este último é mais recente).
2 – Seja social
Não basta apenas postar produtos e promoções. Para construir uma comunidade fiel e engajada, as marcas que adotam social commerce precisam lembrar que a essência das redes sociais é a interação.
Mais do que publicar, é fundamental conversar: responder comentários, tirar dúvidas no privado, agradecer menções e até compartilhar conteúdos produzidos pelos próprios clientes. Essas ações fortalecem o vínculo e transformam seguidores em embaixadores da marca.
3 – Incentive o conteúdo gerado pelo cliente (UGC)
A recomendação de quem já usou um produto é uma das melhores e mais baratas ações de marketing. Por esse motivo, estimule seus clientes a compartilharem suas próprias experiências, seja em fotos, vídeos ou comentários.
Uma das formas mais poderosas de gerar credibilidade e confiança para a marca, esse tipo de prova social funciona como um “boca a boca digital”.
Desafios e barreiras para implementação do Social Commerce em empresas
Se você chegou até aqui, já entendeu que o social commerce pode ter um grande potencial. No entanto, para implementá-lo é preciso prestar atenção em alguns pontos.
O primeiro deles – inclusive já o mencionamos aqui – é a dependência das plataformas. Mudanças nas políticas, taxas ou alcance orgânico podem impactar diretamente os resultados.
O segundo tem a ver com a confiança. Embora sua empresa não possa controlar a plataforma propriamente dita, é possível minimizar riscos.
Na etapa do pagamento, por exemplo, conte com uma solução especializada, que ofereça segurança, automação e integração fluida com os canais digitais. Esse cuidado reduz as chances de falhas, aumenta a credibilidade da marca e garante que a experiência de compra seja tão simples quanto o cliente espera.
O terceiro e último ponto é a gestão de atendimento. Se o social commerce não for ágil, talvez seja melhor nem começar a adotar a estratégia. Sem uma equipe treinada e processos bem definidos, há risco de perder vendas por falta de agilidade no suporte. Afinal, o consumidor espera um retorno rápido (e se esse retorno demorar, ele pode até mesmo desistir).
Tendências e futuro do Social Commerce no Brasil e no mundo
O mercado global de social commerce está projetado para apresentar um crescimento sólido. Segundo relatório da Research and Markets, o setor deve crescer a uma taxa composta anual (CAGR) de 10,0% entre 2025 e 2030, atingindo US$ 1,48 trilhão até 2030.
No Brasil, o cenário também é promissor. De acordo com estudo da Grand View Research, o mercado de social commerce nacional registrou uma receita de US$ 8,976,8 milhões em 2024, com projeção de crescimento para US$ 69.507,8 milhões até 2033, a uma CAGR de 26,3% entre 2025 e 2033.
Com relação às tendências, os destaque vão para:
- Shoppable content: conteúdo diretamente vinculável à compra, como posts, reels, vídeos longos e stories clicáveis;
- Live commerce: transmissões ao vivo de demonstrações, ofertas relâmpago e interatividade direta entre marca e audiência;
- Expansão cross-border via redes: a globalização do social commerce permitirá que marcas vendam para consumidores em outros países, com integração de câmbio, envio e regulamentações locais.
Leia também:
A Transfeera apoia empresas na adaptação ao comércio social
Estar nas redes sociais é o primeiro passo para o social commerce. A estratégia, porém, somente terá resultados se ela cumprir com o que promete: facilitar o processo de compra para o cliente.
Uma das etapas de maior fricção e onde ocorre um considerável índice de desistência é a de pagamento. Por essa razão, é preciso oferecer uma jornada simples, segura e sem atritos. E é justamente nesse ponto que a Transfeera pode apoiar sua empresa.
Com o Link de Pagamento da Transfeera você cria cobranças personalizadas e envia diretamente para o comprador via WhatsApp, Instagram, e-mail ou qualquer outro canal de comunicação. A solução possibilita aos clientes pagarem por:
- Pix: receba em até 1 dia útil com o código de barras ou instantaneamente com o QR Code
- Boleto: receba instantaneamente com QR Code; pagamentos com código de barras feitos até 13h30 são compensados no mesmo dia; após, em D+1
- Cartão de crédito: aceite pagamentos à vista ou parcelados em até 24x (antecipação de recebíveis padrão D+30 ou D+2 disponíveis sob análise)
E como segurança é fundamental, a Transfeera está em conformidade com a LGPD e possui as normas ISO 27001 – norma internacional que descreve as melhores práticas para um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI) – e ISO 27701, que especifica as diretrizes para estabelecer, implementar, manter e melhorar um Sistema de Gestão de Informação de Privacidade (SGIP).
Aproveite que está aqui e conheça o link de pagamentos da Transfeera!