É inegável que o Pix, lançado pelo Banco Central em novembro de 2020, revolucionou tudo o que conhecíamos sobre os meios de pagamento. No geral, o método trouxe praticidade e agilidade nas transferências de dinheiro. Ele também é reconhecido como um dos melhores sistemas do mundo, ganhando até mesmo premiações internacionais.
Porém, a novidade desenvolvida no Brasil também virou notícia após se tornar o protagonista de famosos golpes aplicados na internet, o que levantou involuntariamente questionamentos quanto à segurança desse método de pagamento.
Afinal, será que o Pix acaba não facilitando a ação de criminosos? Só para se ter uma noção, antes mesmo do seu lançamento já haviam sido identificados 30 domínios falsos na internet usando o nome do novo sistema de pagamentos.
Além disso, atualmente os golpes via WhatsApp e redes sociais utilizando o método de pagamento também se popularizaram. No geral, passa-se por alguém para pedir Pix para seus contatos mais recentes, como familiares e amigos.
Sendo assim, estar atento à segurança é indispensável para garantir que os usuários estarão protegidos de fraudes.
Pensando nisso, levantamos algumas informações importantes que você deve saber sobre o assunto que definitivamente veio para ficar. Continue a leitura para ficar por dentro
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Como o Pix vai garantir a segurança das transferências?
O Banco Central informou que a responsabilidade de garantir a segurança das transações não será apenas dele, mas também das instituições financeiras. Essas, por sua vez, podem usar senhas, biometria, reconhecimento facial ou outros recursos para assegurar essa proteção.
Inclusive, bancos que apresentarem alto índice de irregularidade estabelecido pelo BACEN podem ser multados ou mesmo ter suspensa ou cassada a autorização para oferecer o serviço do Pix.
Os bancos que apresentarem alto o índice de irregularidade estabelecido pelo BACEN podem ser multados ou mesmo ter suspensa ou cassada a autorização para oferecer o serviço do Pix.
Todas as transações financeiras, além de operações de registro e de alteração de chaves, serão realizadas por mensagens assinadas digitalmente pela instituição emissora, enviadas em canal criptografado e com utilização de certificados digitais.
Entenda cada passo de segurança do Pix ao fazer uma transferência de dinheiro:
Confirmação da chave do destinatário pelo usuário
Quando for realizada a transferência, o usuário deve confirmar a chave do destinatário para quem quer enviar o dinheiro.
Serão informados os dados do favorecido de acordo com a chave inserida. Então, se os dados não baterem, a transação já deve ser cancelada.
Análise dos dados do destinatário pelo banco
Se o usuário seguir com a transação, será a vez de a instituição bancária analisar se esses dados coincidem com uma conta válida no nome do destinatário.
Caso o banco identifique alguma suspeita de fraude, é feita a retenção do pagamento.
Retenção do pagamento
Diante de algum problema, a instituição bancária poderá reter a transferência por até 30 minutos, se for durante o dia, ou por até uma hora, se for à noite.
Durante esse tempo, o banco avalia melhor a transação e pode, inclusive, entrar em contato com o usuário para confirmar se foi ele mesmo que fez a tentativa.
Se for confirmada a fraude ou se o banco ainda suspeitar de que ela possa existir, a transação é negada.
Negação da transação
A transação poderá ser negada como uma forma de garantir a segurança do Pix. Os bancos estarão autorizados a reter as transferências suspeitas, mas o Banco Central vai acompanhar o número de bloqueio para garantir eficiência na prestação do serviço.
Limite de transação para pagamentos via Pix
Não há muito tempo o Banco Central estabeleceu também um limite de transação para pagamentos realizados via Pix. Agora, operações feitas entre pessoas físicas, o que inclui MEIs, têm um “teto” no período noturno. Esse limite é de até R$ 1 mil e a regra é válida entre as 20h e 06h.
Limites específicos por período do dia
Outra medida implementada não há muito tempo é o de limites específicos por período do dia. Neste caso, é o próprio usuário que estabelece limites de valores em suas transações para os períodos diurno e noturno.
Bloqueio cautelar
O bloqueio cautelar é uma medida que garante que a instituição financeira possa bloquear de maneira prévia os recursos do Pix por até 72 horas caso haja algum tipo de suspeita de fraude.
Em resumo, a medida visa aumentar as chances de que o indivíduo vítima de um crime ou golpe consiga recuperar o valor. Se houver bloqueio cautelar, o recebedor, é imediatamente comunicado.
Notificação de infração
A notificação de infração é uma medida que antes era opcional, mas acabou se tornando obrigatória para as instituições financeiras.
Basicamente esse recurso permite que o usuário informe quando uma chave de CNPJ ou CPF é suspeita de gargalos. Com a marcação, os dados são compartilhados com demais instituições. Dessa forma, a segurança é ampliada, prevenindo contra novos golpes ou crimes.
O que mais é possível fazer para obter segurança do Pix?
Para fazer transações seguras pelo Pix, é fundamental manter os cuidados de cyber security que já eram recomendados para uso do Internet Banking, como:
- Nunca fornecer senhas;
- Trocar senhas periodicamente, preferindo sequências que não sejam usadas em outras contas ou serviços;
- Desconfiar de e-mails que pedem dados ou solicitam atualizações;
- Tomar cuidado com páginas falsas (phishing) e SMS falsos (smishing);
- Manter um antivírus ativo, seja no computador ou no smartphone.
É importante lembrar que os criminosos estão sempre desenvolvendo golpes diferentes e cada dia mais elaborados.
Como o Pix vai tornar mais fáceis e rápidas as transferências bancárias, pessoas mal intencionadas também vão aproveitar. Então, é essencial ficar atento a qualquer mensagem fora do comum.
Se o usuário identificar um problema com alguma chave específica, também será possível enviar uma notificação de fraude para o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).
Afinal, o Pix é seguro?
No geral, podemos afirmar que sim. O Pix é um serviço mais fácil, barato e seguro para o usuário enviar e receber dinheiro, seja ele Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.
Comparado ao boleto, a chance de cair em algum golpe pelo Pix é menor. Com o boleto, o usuário tem acesso apenas ao código de barras, que não precisa apresentar nenhuma informação confiável.
Já com a chave do Pix, é possível conferir todos os dados do recebedor.
Para empresas, que realizam pagamentos em lote, é fundamental contar também com a segurança de uma plataforma de gestão e processamento de pagamentos, especialmente se for integrada via API, também segura.
Na Transfeera, já realizamos o pré-cadastro da chave para transferências Pix em nossa plataforma e fizemos o cadastro dessas chaves junto ao Banco Central.
Com a solução da Transfeera é possível efetuar pagamentos com 4 camadas extra de segurança:
- validação básica para verificar se a conta existe e pertence ao recebedor ativo (empresa ativa ou pessoa viva);
- micro depósito para incluir mais uma validação da conta e da pessoa correta;
- confirmação da conta com o documento do recebedor;
- envio de mensagem para o recebedor junto com o Pix para confirmação.
Tudo isso com o melhor benefício desse método de pagamento, que é efetuar pagamentos e envios de saldo 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias do ano.
Saiba mais sobre como tornar as transações da sua empresa ainda mais seguras. Confira este conteúdo: