Como você sabe que a solução de pagamento que sua empresa está de olho é mesmo uma solução fácil de usar? Como você sabe que ela realmente atenderá às suas necessidades? É para trazer respostas como essas que existe uma plataforma chamada sandbox.

Como você verá ao longo deste conteúdo, ela permite a realização de testes de forma segura e sem que para isso você precise fazer quaisquer alterações em seu ambiente. A seguir, explicamos como funciona o sandbox, quais os cuidados para implantar e muito mais. Confira:

O que é Sandbox?

Um sandbox é um ambiente de teste isolado utilizado por programadores e desenvolvedores para testar novos programas, aplicativos e plataformas com segurança. Além disso, permite que esses testes sejam realizados sem que eles interfiram ou danifiquem qualquer outro ambiente e tenham ramificações no mundo real.

O termo vem do inglês sandbox, que literalmente significa “caixa de areia”, como aquelas onde as crianças brincam. Do mesmo modo que a caixa de areia para as crianças, o sandbox é um ambiente seguro. Por “seguro”, entenda um local protegido contra os ataques de hackers e de fraudes, onde se pode fazer mudanças ou testes sem correr riscos.

Em suma, o sandbox é utilizado para muitos propósitos, como:

  • Testar uma solução, APIs ou patches;
  • Desenvolver/Testar novos recursos;
  • Testar a experiência do usuário;
  • Identificar e eliminar bugs;
  • Verificar como funciona a integração entre sistemas;
  • Detectar vulnerabilidades de segurança cibernética.

Destacamos ainda que todas as informações presentes dentro de uma sandbox costumam ser fictícias. Apesar disso, a plataforma permite que desenvolvedores e programadores vejam como um programa funcionaria dentro de um ambiente real.

Como funciona um ambiente Sandbox?

O sandbox cria um ambiente operacional que não é afetado por outros programas em execução (e que também não afeta outros programas). Para a criação desses ambientes, ele costuma partir de um software de controle de revisão.

A fim de conseguir trabalhar no sandbox e realizar testes, o desenvolvedor cria uma cópia de todos os códigos e os replica no ambiente.

Como comentamos, o sandbox funciona de maneira completamente independente e sem conexão com quaisquer aplicativos ou plataformas instalados na máquina ou na nuvem. Para que isso seja possível e o sistema original não seja afetado, ele isola uma parte do disco rígido e da memória, das outras funcionalidades.

Sandboxes regulatórios: o que são e importância

O sandbox regulatório é um ambiente experimental criado por órgãos reguladores para permitir que empresas desenvolvam e testem produtos, serviços ou modelos de negócio em condições reais de mercado, mas com dispensa temporária de algumas exigências regulatórias. Ou seja, sem burocracia, mas sob supervisão.

Funciona como uma espécie de “laboratório controlado”, com regras próprias e acompanhamento direto do regulador. Em outras palavras, as empresas testam suas inovações com clientes reais, mas dentro de limites e condições específicas.

Para entender bem o que são sandboxes regulatórios, veja o que diz o Banco Central:

“O Sandbox Regulatório é um ambiente em que entidades são autorizadas pelo Banco Central do Brasil para testar, por período determinado, projeto inovador na área financeira ou de pagamento, observando um conjunto específico de disposições regulamentares que amparam a realização controlada e delimitada de suas atividades”.

E por que o ambiente de sandbox regulatório é importante? Confira suas principais vantagens:

  • Reduzir o tempo e o custo de entrada de inovações no mercado.

  • Diminuir barreiras regulatórias que dificultam a inovação, especialmente em setores dominados por grandes players.

  • Testar MVPs (versões iniciais de produtos) com segurança e aprendizado contínuo.

  • Aumentar a segurança jurídica, com supervisão próxima dos riscos e das medidas tomadas.

  • Incentivar a inclusão financeira, com produtos mais baratos e acessíveis.

  • Melhorar a eficiência do mercado, promovendo competição e novas soluções.”

Principais características de um ambiente de Sandbox

Até aqui você entendeu que a principal função do sandbox é oferecer um espaço seguro e controlado para experimentação, onde ideias, tecnologias ou processos podem ser testados sem comprometer sistemas reais ou usuários finais. Agora, dê uma olhada nas principais características desse tipo de ambiente:

  • Isolamento do sistema principal: se “o que acontece em Vegas, fica em Vegas”, o mesmo pode-se dizer do sandbox. Brincadeiras à parte, tudo o que acontece nele não afeta o ambiente externo. Isso faz com que ele seja ideal para testes.
  • Segurança para experimentação: como comentado, um ambiente sandbox é como se fosse uma caixa de areia, onde as crianças podem brincar, experimentar, errar, aprender e com segurança. Ou seja, permite testar novos códigos, atualizações ou até aplicativos inteiros, sem risco de impactar o ambiente de produção.
  • Reprodução de condições reais: simula um ambiente próximo do real. Assim, possibilita que os desenvolvedores identifiquem e resolvam problemas, e previnam riscos, antes da implantação.
  • Controle de acesso e regras específicas: define-se quem pode usar, o que pode ser testado e por quanto tempo, de forma bem estruturada.

Diferença entre Sandbox, homologação e produção

Começando com o ambiente de produção, ele é um ambiente onde soluções ou funcionalidades, por exemplo, estão disponíveis para os usuários finais. Nele ocorrem transações reais, para pessoas reais, e utilizando dados também reais.

Essa característica faz com que o ambiente de produção se diferencie do sandbox e do ambiente de homologação. Isso porque estes dois últimos têm a ver com fases de testes. Mas, então, o que diferencia o sandbox da homologação?

Como você acompanhou até aqui, o sandbox é um ambiente de teste isolado e simulado, que não afeta o ambiente de produção. Nele ocorrem simulações controladas (como a simulação do comportamento de uma API de pagamento). Geralmente, no sandbox os dados utilizados são fictícios, o que garante que, durante os testes, as informações reais não sejam expostas.

Já a homologação é uma etapa mais avançada no ciclo de testes. Quando, por exemplo, uma API Pix está em homologação, é porque ela já passou por testes preliminares no sandbox e agora é avaliada de forma mais próxima do ambiente real (e em uma maior fidelidade ao ambiente de produção). Para isso, são usados dados mais reais, mas ainda controlados.

No quadro abaixo, você consegue visualizar melhor as diferenças entre os diferentes ambientes:

Vantagens de utilizar um ambiente Sandbox

Duas vantagens bem claras do sandbox são:

  • Permitir aos desenvolvedores realizarem testes e
  • Impedir que os sistemas operacionais sejam expostos a potenciais ameaças.

Mas podemos citar ainda outros pontos positivos:

Redução de erros

Como se trata de um ambiente de testes, o sandbox permite que programas, APIs e aplicativos sejam testados reproduzindo a experiência do usuário.

Assim, quaisquer correções necessárias poderão ser feitas para que, quando o usuário for instalar o aplicativo ou programa em um ambiente real, isso seja feito com total segurança.

Aumento da relação custo-benefício

Antes de a empresa investir em uma tecnologia, como uma solução de gestão ou API, é importante que os desenvolvedores testem as funcionalidades do sistema.

O ambiente sandbox possibilita também que o usuário final compreenda, na prática, como funciona a tecnologia, quais os recursos que ela oferece, como é sua usabilidade, como ocorre a integração entre sistemas, entre outros pontos.

Colocando em outros termos, é uma ótima maneira da empresa explorar todas as funcionalidades de uma tecnologia antes de fechar o contrato.

Melhore a colaboração entre as equipes

A colaboração entre diferentes times é importante para qualquer negócio. Com os ambientes de teste, a empresa pode coletar feedback valioso de diferentes profissionais. Isso porque ele pode ser acessado por qualquer pessoa com as permissões para tal.

Otimização do tempo

A área financeira, por exemplo, não precisa parar enquanto uma solução está sendo testada. Do mesmo modo, na entrada de um novo colaborador, o mesmo pode utilizar o sandbox para aprender a usar a tecnologia em questão, sem que para isso precise comprometer o andamento das atividades do setor.

Em outras palavras, o ambiente ajuda a garantir que novos usuários aprendam com confiança, sem medo de erros. Isso dá uma certa tranquilidade aos administradores na hora de integrar novos usuários na solução.

Diminui erros de desenvolvimento

Para a empresa que desenvolve uma tecnologia (como uma API de pagamento), o sandbox é uma ótima maneira de reduzir erros como bugs ou outros problemas de fluxo de processo muito mais rapidamente.

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Exemplo prático de aplicação de Sandbox

O sandbox é uma ferramenta muito útil para empresas que estão procurando por uma tecnologia para otimizar seus processos financeiros. Como o ambiente de testes é fiel ao real, utilizá-lo ajudará seu e-commerce ou marketplace a ter certeza de que o investimento vale a pena.

Como sabemos da importância do sandbox, se você deseja testar as APIs da Transfeera com liberdade e segurança, pode fazê-lo via ambiente de testes. Por meio dele você conseguirá:

  • Simular transações de pagamentos;
  • Validar dados bancários;
  • Criar webhooks;
  • Consultar saldos;
  • Gerar QR Codes Pix;
  • Integrar, configurar e testar novos recursos;
  • E muito mais!

Sandbox na área financeira e de tecnologia

Tanto a área financeira quanto a de tecnologia enfrentam desafios semelhantes quando se trata de inovação, regulamentação e segurança. É aí que o sandbox surge como uma solução para testes em um ambiente controlado, sem comprometer o sistema real.

Você leu sobre o sandbox regulatório, certo? Pois bem, no setor financeiro, o sandbox permite que fintechs e outras instituições testem novos produtos e serviços financeiros com regulamentações mais flexíveis, sem os rigorosos requisitos de conformidade exigidos normalmente.

Isso possibilita a criação de produtos financeiros inovadores, mais acessíveis e menos custosos. Consequentemente, impulsiona as inovações no setor. Inclusive, aqui no Brasil, o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) têm adotado sandbox regulatórios para possibilitar que fintechs e outras empresas possam testar soluções como sistemas de pagamentos.

Um exemplo é o sandbox regulatório da CVM, que aprovou o funcionamento da BEE4, o primeiro mercado regulado de ações tokenizadas do Brasil.

No setor de tecnologia, o conceito de sandbox é amplamente utilizado para testar códigos, novas versões de software ou sistemas em ambientes isolados antes de serem liberados em produção – e sem o risco de comprometer a aplicação final. Também é usado por especialistas em cibersegurança para examinar códigos suspeitos, malware ou ameaças potenciais em um ambiente controlado.

Destacamos ainda que para a tecnologia o sandbox é bastante útil, pois permite que novas ideias sejam desenvolvidas rapidamente, experimentadas e aprimoradas sem comprometer o funcionamento dos sistemas existentes.

Como implementar um ambiente Sandbox na sua empresa

Antes de qualquer coisa, entenda que existem alguns cuidados que precisam ser levados em consideração na hora de implantar o sandbox. O primeiro deles é saber quais dados disponíveis deverão ser replicados para o ambiente real. Ou seja, são os dados a serem mostrados para os usuários.

Falando em usuários, outro ponto de cuidado diz respeito à interação. Para lembrar, o sandbox serve para testar o ambiente. Por esse motivo, na hora de interagir com a aplicação, o desenvolvedor/programador deve se colocar no papel do usuário final. Isso requer o uso de e-mails fictícios para poder receber notificações e avisos.

Além do mais, ao se colocar no lugar do usuário, é importante que o desenvolvedor entenda o que é relevante para essa pessoa e como ela utilizará a aplicação. Saber disso é essencial para testar critérios como usabilidade e verificar se a solução sendo testada é user-friendly.

E para implementar o sandbox, além de considerar o que foi explicado acima, siga os passos descritos a seguir:

Passo a passo para a implementação de um ambiente Sandbox

  1. Estabeleça o objetivo do sandbox: defina com clareza o propósito do ambiente. Vai servir para testes de usabilidade? Integração com API? Simulação de fluxo de pagamento? Esse objetivo vai guiar todas as decisões técnicas e estratégicas.
  2. Crie um ambiente isolado do sistema de produção: o ambiente precisa ser separado, tanto tecnicamente quanto logicamente, para evitar riscos. Isso inclui servidores, bancos de dados e permissões diferentes. Se possível, crie também um ambiente espelho com condições próximas da realidade.
  3. Use dados fictícios ou mascarados: gere dados fictícios que simulem casos reais e cubram cenários diversos. Se for indispensável usar dados reais (como logs ou métricas), eles devem estar anonimizados.
  4. Simule interações reais: use e-mails e contas fictícias para simular cadastros, recebimento de notificações e jornadas completas dentro da aplicação..
  5. Defina critérios de validação e métricas de sucesso: por exemplo,  o que será considerado um teste bem-sucedido? Qual deve ser o comportamento esperado do sistema?
  6. Documente os testes e aprendizados: registre erros, acertos, sugestões e ajustes necessários.
  7. Envolva times diversos: além da equipe técnica, traga pessoas do produto, atendimento ou UX. Essa diversidade de especialidades ajuda a antecipar problemas e validar soluções com mais profundidade.

Perguntas frequentes sobre Sandbox

O que é um ambiente sandbox?

É um ambiente de testes isolado, seguro e controlado, usado para testar funcionalidades, códigos, produtos ou serviços, e simular cenários reais, sem impactar sistemas ou dados reais. Ele isola programas e aplicativos do restante do sistema, impedindo que acessem ou danifiquem recursos críticos do sistema ou outros aplicativos.

Qual a diferença entre sandbox e ambiente de homologação?

O sandbox é voltado para testes iniciais, simulações e experimentações com dados fictícios. Já a homologação é uma etapa posterior, mais próxima do ambiente de produção, onde o sistema é testado com dados reais (ou quase reais) e por usuários-chave antes do lançamento oficial.

O sandbox pode ser usado em qualquer tipo de empresa?

Sim. Qualquer negócio que queira testar sistemas, aplicativos, integrações ou queira validar ideias de forma segura pode se beneficiar de um ambiente sandbox.

Quem deve testar o ambiente sandbox?

É importante que quem testa:

  • Tenha conhecimento técnico para identificar bugs e falhas;
  • Consiga simular diferentes fluxos de uso;
  • Esteja atento à usabilidade e funcionalidade da solução.

Normalmente, os testes em um ambiente sandbox devem ser conduzidos por desenvolvedores, testadores (QA) e, em alguns casos, por usuários-chave ou clientes internos.

Conclusão: quando e por que usar Sandbox

O sandbox é um ambiente que permite aos usuários testar e executar programas, soluções, patches, APIs, novos recursos, entre outros, sem precisar parar uma operação ou afetar outras ferramentas sendo executadas.

Usar um sandbox para testar uma API, por exemplo, antes que ela rode no ambiente real, significa explorar todas as suas funcionalidades antes de fechar um contrato. Isso possibilita tomadas de decisão mais bem informadas.

Com o ambiente de testes da Transfeera você pode simular transações de pagamentos, validar dados bancários, criar webhooks, consultar saldos, gerar QR Codes Pix, dentre outras possibilidades.

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