A palavra fintech é a junção de outras duas, que são “financial” e “technology”. Assim, temos como resultado o termo “tecnologia financeira”. Uma fintech é, portanto, uma empresa que, por meio da tecnologia, possibilita inovações nos mercados financeiros, tornando-o mais ágil e menos burocrático.
Foi a partir daí que surgiu um outro termo, a fintechzação, que é um movimento que vem ganhando cada vez mais força por um motivo: o rápido crescimento das fintechs. Conforme dados do estudo Distrito Fintech Report 2022, entre 2016 e 2022 o Brasil viu surgir 513 novas startups do setor financeiro. Hoje o número total já chega a 1.289.
Como a fintechzação é algo que você vai ouvir falar cada vez mais, ao longo deste texto mostraremos a você como esse movimento pode trazer ainda mais benefícios para empresas e consumidores.
Como a fintechzação está revolucionando o mercado?
Para entender, vamos dar um passo para trás e analisar o termo em si. Fintechzação é o conceito que descreve o movimento no qual empresas que não fazem parte do setor financeiro passam a também oferecer produtos e serviços financeiros.
Em outras palavras, a empresa mantém o seu core business, com o adicional de que consegue incluir em seu portfólio produtos ou serviços relacionados ao mercado financeiro. Ou seja, ela incorpora esses produtos à sua oferta, o que nos leva ao conceito de embedded finance.
Como explicamos neste post, embedded finance significa finanças embutidas em português. Seu objetivo é permitir que o público-alvo de uma empresa tenha uma relação mais duradoura com ela, já que ela passa a oferecer algumas facilidades financeiras para dar maior conveniência aos consumidores (como o pagamento integrado, por exemplo).
Sendo assim, a fintechzação abre novas portas para negócios não financeiros. Adicionalmente, como ela possibilita que novos serviços sejam oferecidos, a concorrência do setor de finanças aumenta e a burocratização diminui.
Quais são os impactos da fintechzação?
Aderir a esse conceito traz diversos benefícios para as empresas, como:
Geração de nova fonte de receita
Uma empresa não financeira que decide se “fintechzar” passa a oferecer serviços bancários próprios, como empréstimo e cartão de crédito, por exemplo. Ao fazer isso, ela abre as portas para a obtenção de uma receita que vai além dos produtos e serviços que ela já costuma oferecer como core business.
Atração e fidelização de clientes
A empresa que opta pela fintechzação tem a grande vantagem de conhecer bem o seu público e conhecer seus hábitos de consumo. Isso significa que ela entende aquilo que seus clientes desejam e quais dores precisam ser atendidas no que diz respeito às questões financeiras.
Esse fator gera diversas novas possibilidades, pois a empresa em questão consegue oferecer produtos e serviços que atuam diretamente nas necessidades de seu público-alvo. Como consequência, ela não apenas atrai consumidores, como também consegue retê-los e até mesmo aumentar o ticket médio.
Melhora a experiência de compra
Com pagamentos integrados, bancos digitais próprios, entre outras tantas opções, a experiência de compra fica mais fluida.
O cliente ganha também em conveniência, eficiência e agilidade. Indiretamente isso impulsiona-o para que ele conclua o pagamento (e, de quebra, o e-commerce ou marketplace evita altos índices de abandono de carrinho).
Exemplos de empresas que adotaram o modelo de fintechzação
Existem diversos exemplos de sucesso de empresas que optaram por adotar inovações financeiras por meio da fintechzação. A 99, que tem o aplicativo de transporte individual, é um deles.
A empresa lançou a 99Pay, uma carteira digital que oferece diversas vantagens aos clientes, como cashback, transações Pix, pagamentos das corridas, investimentos em Bitcoin, entre outros serviços.
O iFood, líder no ramo de delivery de alimentos, é outro exemplo de empresa que aderiu à fintechzação. Ele criou o “banco dos restaurantes”, um banco digital direcionado aos donos de estabelecimentos comerciais que utilizam a plataforma para a entrega dos seus produtos.
Pela plataforma, os usuários podem antecipar recebíveis do iFood, realizar pagamentos, recebimentos e transferências Pix, receber via QR Code e muito mais.
O aplicativo de entregas Rappi é outro exemplo de empresa que adotou o modelo de fintechzação. Em parceria com a Visa, a empresa passou a oferecer seu próprio cartão de crédito. Além disso, lançou uma linha de antecipação de recebíveis em sua divisão de serviços financeiros RappiBank.
Como as empresas podem se beneficiar desse movimento?
Para entrar nesse movimento, separamos dois passos que você pode tomar. Acompanhe:
Primeiro passo
Antes de tomar uma decisão, é preciso entender onde sua empresa se encontra no momento. As seguintes questões podem ajudar na reflexão:
- Qual diferencial sua empresa busca frente aos concorrentes com a fintechzação?
- Qual produto ou serviço sua empresa poderia incluir no portfólio?
- Como isso beneficiaria seus clientes?
Sobre os serviços ou produtos que podem ser oferecidos, destacamos:
- Pagamentos por Pix;
- Contas e carteiras digitais;
- Empréstimos
- Transferência de valores;
- Investimentos;
- Criptomoedas;
- E outros.
Segundo passo
O passo seguinte é pensar em como tirar o projeto do papel. Uma das maneiras é contratar um time para desenvolver a ideia, fazê-la rodar e dar o suporte necessário. Outra é pegar um atalho e contar com fintechs já estabelecidas no mercado e que conhecem o caminho das pedras.
Existem fintechs que atuam em diversas frentes e que possuem soluções prontas para serem utilizadas por empresas como a sua. Um exemplo é a Transfeera, uma fintech as a service reconhecida pelo Banco Central, que:
- Oferece serviços para gestão de pagamentos e automatiza transferências via TED, DOC e Pix;
- Possibilita a realização de operações em lote;
- Possui solução para validação de dados bancários e automação da rotina de pagamentos via Pix.
A solução da Transfeera
A solução de pagamentos da Transfeera automatiza pagamentos e recebimentos, centralizando-os em um mesmo lugar. Além disso, a ferramenta oferece:
- Feature de criação de contas digitais, que permite que o negócio online tenha múltiplas contas em nossa infraestrutura de pagamentos, com chaves Pix únicas para cada uma.
- Split de pagamentos, que faz o repasse das vendas aos sellers de forma rápida, segura e automatizada.
- Emissão de QR Codes estáticos ou dinâmicos para pagamentos e recebimentos Pix.
- Envio de alerta a cada nova entrada de dinheiro.
- Integração via API.
- E muito mais!
Para você entender bem o quanto o mercado financeiro tem revolucionado, e melhor refletir sobre fintechzar a sua loja virtual, acesse nosso material sobre Open Finance e Open Banking. Ele te ajudará a entender como a fintechzação é possível e verá como esse cenário impacta seu negócio. Leia-o aqui.