Quando você faz uma compra em uma plataforma de e-commerce em que há vários vendedores, você está comprando de um marketplace, como é o caso de gigantes como a Amazon, a Americanas e o Magazine Luiza. Em breve, será possível obter crédito, entre outros serviços, por meio do marketplace financeiro.
Isso significa que o usuário terá uma série de produtos e serviços disponíveis em uma mesma plataforma para escolher o que for melhor para ele.
Com a abertura do open banking, não só os bancos, mas também empresas de outros segmentos, poderão oferecer soluções financeiras, possibilitando que o usuário tenha tudo o que precisa em um único lugar.
Para as empresas, é interessante saber que é possível contar com parceiros para o oferecimento dessas soluções diversas e, não, ter que desenvolver todas elas.
Antes do marketplace financeiro, se a instituição quisesse oferecer determinada solução de crédito, mesmo que não tivesse expertise nela, era necessário desenvolvê-la do zero. Agora já será possível oferecer produtos e serviços de parceiros, facilitando a vida do cliente.
A partir dessas novas possibilidades, o número de fintechs com o objetivo de facilitar pagamentos tem crescido bastante. Neste artigo, entenda como as fintechs, aliadas ao marketplace financeiro, podem ajudar a sua empresa.
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Como está o marketplace financeiro no Brasil?
Segundo o Banco Central (BC), o mercado de crédito no Brasil cresceu 15,5% em 2020, acentuado pela queda na taxa de juros e pela crise gerada pela pandemia.
Nesse cenário, as fintechs que atuam no segmento também ganharam destaque e atraíram mais de US$ 352 milhões em investimentos no último ano.
De acordo com o levantamento Inside Fintech Report, que faz um raio-X da evolução das fintechs no mercado brasileiro, o país possui 142 soluções de crédito. O volume representa 14,4% de todo o ecossistema de fintechs, que atualmente soma 988 empresas.
O estudo dividiu as startups de crédito em subcategorias de atuação, dentre elas marketplace financeiro, que conta com 44 fintechs: soluções que reúnem diversas ofertas de crédito de outros players em um só local.
O Banco Central desenvolveu o marketplace financeiro para que ele se alimentasse de informações transacionadas pelo open banking. Dessa forma, a concorrência entre instituições se tornaria acirrada e nenhuma teria mais informações do que a outra, podendo aplicar taxas direcionadas para certos tipos de clientes.
O open banking parte do princípio de que o cliente de uma instituição financeira pode transferir seus dados de histórico de uso e pagamentos para outra instituição.
Alguns exemplos que existem atualmente no segmento são o GuiaBolso e o Serasa eCred, plataformas nas quais diversas instituições oferecem empréstimos baseados nas pontuações e nos dados que elas próprias mantêm.
Com o open banking e o open finance – entendido como uma evolução do open banking -, todas as instituições que quiserem fazer parte da novidade podem ter acesso aos dados bancários que o consumidor escolher compartilhar.
O que o marketplace financeiro oferece de vantagem para empresas e clientes?
A experiência do usuário é algo que hoje deve estar no topo dos cuidados que as empresas devem ter para um bom atendimento. Se essa experiência é confortável e satisfatória é o que vai dizer se o usuário se tornará cliente ou não.
Portanto, o marketplace financeiro oferece vantagens, uma vez que garante diversos produtos e serviços em um único lugar, livrando o usuário de buscar tudo o que precisa em várias instituições diferentes.
Para ele, é muito mais fácil contratar o que necessita em uma única plataforma, ainda que as soluções sejam ofertadas por mais de uma empresa. O que importa é que ele não precise buscar em outros ambientes, sejam físicos ou virtuais, as soluções de que precisa.
Para as empresas, as vantagens também são significativas. A instituição não precisa desenvolver soluções do zero para atender seus clientes. É possível, de forma mais rápida e eficiente, fazer parceria com alguma empresa que desenvolva a solução em questão e disponibilizá-la no marketplace banking.
Antes, o usuário tinha que ir necessariamente até uma agência física e ficava limitado aos produtos do banco. Hoje já está claro, tanto para o usuário quanto para as empresas, que a presença física não é mais necessária. Essa foi uma mudança que todos nós já incorporamos.
Para completar, as instituições também estão buscando incorporar mais produtos e serviços tornarem mais robustas na relação com os clientes, oferecendo soluções completas para todas as necessidades dos usuários, ainda que não tenham sido desenvolvidas internamente.
Nesse sentido, as fintechs têm o importante papel de facilitar a entrega dessas soluções, garantindo que cheguem até os usuários de maneira simples e intuitiva no auxílio do dia a dia.
Para saber mais sobre essas novidades no mercado financeiro, confira esta entrevista: