Houve uma época em que, se quiséssemos realizar qualquer tipo de operação financeira, precisávamos nos dirigir a uma agência bancária e ter muita paciência enquanto aguardávamos nas filas.
Se hoje é difícil imaginar o fato de termos que ir a uma agência física para pagarmos uma conta (ou até mesmo para obter um extrato) é porque a tecnologia, mais especificamente o mobile banking, é uma realidade. Mas não é apenas a nossa rotina que mudou com isso. As fintechs também foram impactadas.
Entenda mais neste artigo!
O que é Mobile Banking?
Mobile banking é um termo da língua inglesa que significa banco móvel. É um serviço que as instituições financeiras oferecem aos seus clientes por meio de aplicativo de celular. Ao acessá-lo, os usuários conseguem realizar as mais diversas operações como:
- Abrir conta;
- Pagar boleto bancário;
- Realizar transferências;
- Enviar e receber Pix;
- Transferir dinheiro por TED e DOC;
- Fazer investimentos;
- Conferir o extrato;
- Solicitar cartão de crédito;
- Entre outras.
A modalidade vem ganhando cada vez mais espaço. É o que aponta matéria da Febraban, citando que em nosso país 8 em cada 10 operações bancárias são digitais. Ainda de acordo com o mesmo texto, “os aparelhos smartphone são o meio responsável por dois terços das operações financeiras dos brasileiros”.
Quando se fala de mobile banking é comum fazermos associação ao termo internet banking. No entanto, adiantamos que são dois conceitos diferentes. Mais adiante abordaremos isso, mas antes, vamos explorar um pouco mais o universo do banco móvel.
Descubra como ele funciona
O mobile banking é um canal de utilização de serviços bancários. Como comentamos, ele é acessado no smartphone, por meio do aplicativo da instituição na qual a pessoa tem conta. Após baixá-lo pelos canais oficiais (site do banco ou fintech, ou loja do Android ou Apple), o usuário precisa cadastrar o usuário e a senha para login.
Dependendo da instituição o cliente precisará autorizar o uso do app em um caixa eletrônico. Com a conta criada, basta acessar o aplicativo para fazer a operação bancária desejada.
Além de realizar as operações financeiras, em muitos casos é possível até mesmo sanar dúvidas pelo mobile banking.
Entenda a relação entre Mobile Banking e Open Banking
O Open Banking (ou banco aberto, em uma tradução literal) é uma iniciativa do Banco Central para desburocratizar os serviços bancários. Trata-se de um conceito que veio para transformar a relação entre instituições financeiras e seus clientes.
Em termos práticos, graças ao Open Banking as pessoas conseguem pegar todas as suas informações bancárias e levar para outro banco. Ou seja, sem precisar começar um relacionamento do zero e sem ter que passar por um processo burocrático.
O Open Banking abriu espaço para que startups financeiras (as fintechs) surgissem, aumentando a concorrência e dando aos consumidores mais opções. Por trás de tudo isso existe uma palavra: facilidade.
Se o open banking veio para facilitar a vida das pessoas e dar a elas mais autonomia, o mesmo podemos dizer do banco móvel. É também por meio do mobile que os clientes das instituições financeiras conseguem dar acesso aos seus dados para outras instituições.
Em outras palavras, os aplicativos são os também facilitadores para o Open Banking.
open finance x open bankingInternet Banking e Mobile Banking: saiba diferenciar
Embora pareçam termos semelhantes, internet banking e mobile banking são conceitos diferentes.
Como o nome sugere, o internet banking é um canal no qual clientes de instituições financeiras acessam suas contas no site do banco, pelo computador. O mobile banking, por outro lado, refere-se ao acesso pelo aplicativo no smartphone e é visto como uma evolução do internet banking.
De fato, o banco móvel surgiu para atender a demanda de consumidores por mais praticidade. Apesar de o internet banking já ter facilitado a relação entre clientes e instituições financeiras, ele era considerado algo mais “nichado”. Isso porque, para acessar o site, em alguns casos é necessário a instalação de plugins de segurança.
Além do mais, como o acesso é em um computador, o usuário precisa ter uma banda larga e o próprio aparelho em si (PC ou laptop). O mobile banking é mais acessível, principalmente se considerarmos que boa parte da população possui um celular.
Confira os principais benefícios desta ferramenta
Praticidade é o pilar do mobile banking. Somado a isso, a ferramenta apresenta benefícios como:
Mais controle das transações
A maioria dos aplicativos de mobile banking notificam o usuário quando um pagamento ou transferência são realizados. Existem ainda apps que pedem a autorização do usuário para concluir uma compra que parece suspeita ou que foge do padrão do comportamento do cliente.
No que diz respeito ao acesso às informações bancárias, a pessoa consegue facilmente visualizar suas movimentações. Assim, ela sente que tem um melhor controle sobre sua vida financeira.
Facilidade de uso
Parte da população do Brasil tem afinidade com o celular e para acessar aplicativos. No mobile banking os apps tendem a ter interfaces amigáveis, o que torna o seu uso ainda mais facilitado.
Além disso, o banco móvel é um conceito que permite ao usuário “carregar o seu banco no bolso”. Ele pode ser acessado a qualquer momento e de qualquer lugar (desde que haja acesso à internet).
Por exemplo, a pessoa que deseja realizar um pagamento com Pix em uma loja física ou online pode pagar com QR Code pelo app do banco.
Comodidade
Com um aplicativo de mobile banking o usuário tem acesso imediato a uma série de funções bancárias, sendo que em uma única interface é possível realizar diversas solicitações e consultas.
Em termos práticos, o cliente pode pagar um boleto estando em casa, verificar o saldo e receber um Pix sem precisar se dirigir a um caixa eletrônico. Além de ser mais cômodo, o usuário ganha em agilidade, pois as ações podem ser concluídas em segundos.
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Impactos do Mobile Banking em Fintechs: compreenda as facilidades e desafios
A transformação digital impactou o setor financeiro de diversas maneiras, como com o desenvolvimento de APIs, redução de burocracia, aumento dos bancos digitais e a expansão das fintechs.
É também graças à transformação digital que os caminhos para o mobile banking se abriram.
Uma vez que os bancos móveis entraram em cena, as fintechs começaram a surgir, todas baseadas nos princípios de aumento de praticidade, facilidade e segurança, e na redução de burocracia e de custos.
As fintechs permitem que mais pessoas possam ter contas bancárias, pois não possuem os mesmos processos burocráticos dos bancos tradicionais. Como são acessadas por meio de dispositivos móveis, contribuem para a inclusão de pessoas que anteriormente não tinham acesso a serviços financeiros.
Destacamos ainda que elas possibilitam, por meio do mobile banking, uma maior personalização dos serviços, atendendo às necessidades individuais dos clientes.
No entanto, esses pontos positivos merecem uma atenção: o banco móvel aumenta a competitividade entre fintechs, o que representa um desafio para essas empresas. Para não perder espaço, elas precisam estar em constante adaptação.
Inovação é a chave para uma fintech de sucesso, pois estamos falando de um negócio altamente dinâmico e cujas técnicas, ferramentas e infraestruturas sempre evoluem.
Falando sobre desafios, existe ainda um outro ponto que merece uma atenção especial. Veja a seguir.
LGPD em Mobile Banking: garantir a segurança das informações é fundamental
A segurança das informações de clientes é imprescindível para qualquer negócio. Ao tratarmos do mobile banking, o assunto ganha um peso maior (aliás, no setor bancário a segurança deve ser prioridade).
A praticidade do mobile banking é também um prato cheio para ataques cibernéticos e risco de fraude. Isso exige que instituições financeiras invistam em medidas robustas de segurança.
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece regras para o tratamento de dados pessoais por empresas, incluindo fintechs e demais instituições bancárias. O objetivo é proteger a privacidade e a segurança das informações dos usuários.
O mobile banking deve estar adequado à LGPD. Isso quer dizer que as instituições devem manter a autorização para uso e armazenamento de dados dos usuários sempre em dia. Adicionalmente, existem outros quesitos a se atentar, como explicamos neste conteúdo.
Já sobre o tratamento de dados no setor financeiro, caso você queira saber mais, gravamos um podcast todo dedicado ao tema. Clique aqui ou dê o play abaixo para ouvi-lo:
Conclusão
O mobile banking busca aprimorar a experiência do consumidor. Juntando o conceito às fintechs, temos ainda a redução da burocracia e de custos. Tudo isso, levando em consideração a segurança.
Destacamos que falar sobre segurança no mobile banking é essencial para evitar riscos, algo que tem a ver também com compliance. Sabemos que criar um programa de compliance não é uma tarefa muito simples. Por isso, desenvolvemos um manual com os principais passos que você precisa dar.
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