Garantir a segurança da informação é indispensável para qualquer negócio. Quando entramos no terreno das fintechs open banking, a necessidade é ainda maior. Afinal, estamos tratando de um setor altamente regulamentado e que está sujeito a várias formas de ciberataques, como roubo de identidade, phishing e outras.
Esse é o motivo pelo qual privacidade e proteção de dados são dois temas cruciais para esses modelos de negócios. É aí que entra o compliance digital (ou conformidade digital). Basicamente, estar digitalmente conforme reduz o risco de penalidades financeiras, danos à reputação e perda de confiança do cliente.
A seguir, entenda o que é compliance digital e os principais pontos sobre o assunto.
Saiba o que é Compliance Digital
Compliance digital refere-se aos regulamentos, padrões e diretrizes que as empresas devem seguir a fim de atender às normas, leis e padrões que incidem sobre o ambiente digital.
A palavra compliance vem da língua inglesa, do verbo “to comply”, que significa estar conforme. Sendo assim, estar em compliance (ou estar conforme) tem a ver com estar dentro da lei. Até pouco tempo atrás, o objetivo das medidas de conformidade era evitar práticas como lavagem de dinheiro e corrupção no ambiente corporativo.
Essa pegada “digital” vem para atender aos desafios do mundo online. Para as fintechs, engloba principalmente o de garantir que as transações e os dados sensíveis dos clientes sejam protegidos.
Além disso, ajuda empresas a não terem prejuízos financeiros causados por ataques cibernéticos. Só para você ter uma ideia, segundo esta matéria do Security Report, aqui no Brasil o custo de vazamento de dados é de R$ 6,2 milhões. Ainda de acordo com o texto:
“Dentro desse escopo, as verticais com os maiores prejuízos são Saúde (R$ 10,58 milhões), Serviços (R$ 8,07 milhões) e Tecnologia (R$ 7,86 milhões).”
Então, para você compreender bem o que é compliance digital, grave que ele se refere às medidas adotadas por empresas para garantir que suas propriedades digitais cumpram os requisitos legais e específicos do setor em que atuam.
Compliance Digital e LGPD
O compliance digital está diretamente ligado à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD. Juntamente com a Proteção da Propriedade Intelectual de Programa de Computador e o Marco Civil da Internet, a LGPD trata da segurança da informação na internet.
Ela muda a forma como as fintechs – e demais tipos de empresas – coletam, tratam, armazenam e utilizam os dados de usuários. Explicando um pouco mais, a LGPD traz como requisito de segurança medidas que ajudam a proteger as informações pessoais dos clientes.
A implementação de práticas e tecnologias para garantir a segurança dos dados está dentro do escopo do compliance digital. Isso inclui criptografia, medidas de autenticação robustas, controle de acesso e outras. Todas essas práticas são consideradas cruciais para o cumprimento da LGPD.
Não podemos deixar de mencionar que para a LGPD, obter o consentimento informado dos titulares dos dados é uma obrigação das empresas. As medidas de compliance digital levam isso em consideração e, por esse motivo, incluem a implementação de processos que garantem a transparência no uso de dados e facilitam a obtenção e o gerenciamento do consentimento dos usuários.
Portanto, não é exagero dizer que, quando tratamos de compliance digital, a LGPD deve servir como referência para a criação de códigos de conduta e normas na internet. Do mesmo modo, o compliance digital ajuda as fintechs a estarem conformes com a Lei Geral de Proteção de Dados.
Leia também:
- Cyber security: o que é importante e mais impacta as fintechs?
- Pagamento de fornecedores: como ter segurança em operações online
- Compliance financeiro: o que está em jogo para sua empresa
Motivos para implementar o Compliance Digital na sua Fintech
Existem diversos motivos para as fintechs criarem um framework para compliance digital. Destacamos três principais, como você pode acompanhar a seguir:
Prevenção de riscos
A ameaça cibernética é um risco real. As fintechs gerenciam diariamente dados financeiros sensíveis de usuários, o que exige um constante programa de prevenção de riscos de ciberataques e vazamento de dados.
Adotar práticas de compliance digital é uma maneira de as fintechs dificultarem o trabalho de criminosos virtuais. É também um modo de reduzir a responsabilidade legal caso a empresa venha a sofrer de alguma violação.
Ainda dentro da gestão de riscos, o compliance digital atua também no disaster recovery (recuperação de desastres). Ele nada mais é do que um conjunto de procedimentos e estratégias que possibilitam a uma fintech que sofreu algum tipo de ataque cibernético, ou outro incidente no ambiente digital, retornar rapidamente às suas operações.
O plano de disaster recovery engloba medidas preventivas, preparativas e reativas.
Privacidade e proteção de dados
O cerne do compliance digital é a privacidade e a proteção de dados tanto de clientes quanto dos colaboradores de fintechs.
Para garantir isso, as medidas de conformidade visam garantir a proteção adequada desses dados contra ameaças cibernéticas, vazamentos de informações sensíveis e violações de sistemas.
Reputação da marca
Outro motivo para a implementação do compliance digital está no desenvolvimento de uma cultura de transparência e confiança. Ao cumprir com regulamentações, empresas mostram aos clientes e mercado de modo geral o compromisso sério que assumem com a segurança das informações e o respeito aos dados de terceiros.
Diretamente, essa cultura contribui para que as fintechs ganhem a confiança de clientes e, consequentemente, construam uma reputação sólida no mercado, mostrando que investem em esforços para tornar o contexto organizacional mais eficiente e seguro.
Do contrário, empresas que não têm essa preocupação, fazem com que clientes, parceiros e fornecedores percam a confiança no negócio.
Conte com empresas que olhem para o Compliance Digital
A prevenção de riscos, privacidade e proteção de dados são fundamentais para as fintechs. Nesse contexto, um plano de compliance digital serve para garantir que as empresas sejam hábeis a adotar medidas preventivas contra danos e prejuízos que afetarão as operações e a saúde financeira.
A Transfeera entende a importância do compliance digital para as fintechs. Por isso, a nossa plataforma de pagamentos está totalmente comprometida com as disposições e exigências da LGPD. Além da conformidade com a Lei, estamos constantemente evoluindo para tornar as transações financeiras mais seguras.
Pensando nisso, adicionamos uma camada extra de segurança para identificar chaves Pix fraudulentas. Trata-se de uma inteligência antifraude disponível de forma gratuita para clientes que utilizam nossa Plataforma de Pagamentos e/ou ContaCerta (com validação de microdepósito).
Por meio do Painel Antifraude, nossos clientes obtêm uma visão clara e objetiva das transações realizadas, conseguindo identificar e prevenir atividades suspeitas com agilidade e eficácia.
No vídeo abaixo, explicamos como o painel funciona:
https://www.youtube.com/watch?v=fMglckCgRGM
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