Gestão Financeira

Balancete: explore este conceito e entenda como ele funciona

Balancete: explore este conceito e entenda como ele funciona

Entender como está a saúde financeira de um negócio é essencial para garantir sua perenidade e sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. Isso permite também que gestores tomem decisões mais bem informadas sobre o rumo da empresa.

Para tanto, existem relatórios contábeis que ajudam a fornecer um cenário preciso da organização. É o caso do balancete contábil. Mas, você sabe exatamente para que ele serve?

A seguir, confira o que é, a importância, como analisar um balancete e muito mais.

O que é balancete? Entenda o conceito e sua importância

O balancete, conhecido também por balancete contábil ou balancete de verificação, é um demonstrativo financeiro que apresenta os débitos e os créditos de uma empresa. Portanto, deixa claro como está a saúde de uma organização com relação às suas finanças.

Além do balancete, existem outros demonstrativos que também são considerados importantes relatórios contábeis, como o balanço patrimonial. Todavia, o segundo tem caráter obrigatório, enquanto o primeiro é opcional.

Isso porque o balancete contábil serve somente para uso interno. Mas não pense que isso o torna desnecessário. Muito pelo contrário, pois trata-se de um relatório utilizado estrategicamente pelas empresas.

Importante destacar que o balancete contábil facilita a elaboração de outros relatórios, como o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) e mesmo o Balanço Patrimonial.

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Para que serve o balancete de verificação e como utilizá-lo

A principal função do balancete de verificação é apresentar o total de débitos e créditos das contas de uma empresa em um determinado período. Seu objetivo é garantir que entradas e saídas coincidam. Quando isso não acontece, significa que há erros nos lançamentos.

Assim, além de mostrar se as informações financeiras de uma empresa estão corretas, o balancete de verificação possibilita aos contadores identificarem erros antes que os relatórios contábeis oficiais sejam emitidos.

Para utilizar o balancete de verificação de maneira eficaz, é necessário seguir um processo cuidadoso de análise dos lançamentos de débitos e créditos. Isso envolve a organização dos dados contábeis, a soma de cada coluna e a verificação se os totais estão equilibrados.

Tipos de balancetes: descubra qual é o mais adequado para seu negócio

Entendido o que é balancete, precisamos apresentar também quais são os tipos existentes. São eles:

Balancete Sintético

O balancete sintético, como o nome sugere, sintetiza as informações. Dessa maneira, ao contrário do tipo analítico, ele mostra apenas os números finais das contas patrimoniais de uma empresa.

Mas, atenção: embora seja mais simples, ainda sim ele é útil para análises contábeis e para gestores financeiros.

Balancete Analítico

Este é o tipo de balancete que apresenta várias informações contábeis. Em outras palavras, ele disponibiliza as contas detalhadamente, o que o torna um documento mais extenso.

Contudo, é um modelo que mostra dados importantes e que estrutura as informações para identificar, avaliar, mensurar, registrar, controlar e evidenciar os atos e os fatos da gestão do patrimônio.

Balancete de Verificação Inicial

O balancete de verificação inicial é realizado como o próprio nome indica: é o ponto de partida. Para entender, ele é feito nas primeiras apurações.

Além disso, é o tipo realizado antes da Apuração de Resultados do Exercício e considera duas contas, a patrimonial e a de resultados. Entenda:

  • As contas patrimoniais consideram os ativos, passivos e patrimônio líquido.
  • As contas de resultado avaliam dados de receitas e despesas do período sendo analisado.

Ainda, ele serve como base para o balancete de verificação final.

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Balancete de Verificação Final

É o tipo que mostra se os resultados da organização foram positivos ou negativos. Nele, são apagadas as contas de resultado e descritos dados como:

  • Ativos
  • Passivos;
  • Patrimônio líquido;
  • Contas de resultado;
  • Lucro ou prejuízo existentes no patrimônio líquido.

Entenda quando fazer o balancete de verificação

O balancete de verificação costuma ser feito no final de um período contábil, o qual pode ser um mês, ou um trimestre. Conforme destacado, ele é essencial para confirmar que não há erros antes de elaborar os demonstrativos finais, como Demonstração do Resultado de Exercício e Balanço Patrimonial.

Diferença entre balanço e balancete: o que você precisa saber

A primeira diferença entre balanço e balancete é que o primeiro é obrigatório, conforme esclarece a Lei nº6.404/76.

Outra diferença é que o balanço patrimonial é mais completo e extenso, pois contempla todos os resultados. Com ele pode-se saber a saúde financeira de um negócio ao longo do tempo, como também se ele está dando lucro ou prejuízo.

Ressaltamos ainda que o balanço é imprescindível para uma empresa acompanhar seu patrimônio e manter o controle dos custos. Ademais, ele é apresentado todo final de ano, no fim do exercício.

Por sua vez, o balancete permite análises de recortes do tempo e, desse modo, pode ser visto como um “relatório prévio”.

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Saiba também a diferença entre razonete e balancete

Além da diferença entre balanço e balancete, é importante entender o que difere o segundo do razonete.

Começando pelo conceito, o razonete mostra com detalhes as entradas e saídas de dinheiro, e de forma cronológica. Analisando-o é possível entender o que está acontecendo com cada conta.

Por sua vez, o balancete apresenta o saldo total das contas em um determinado período, funcionando como uma consolidação das informações registradas nos razonetes. Assim, enquanto o balancete oferece uma visão mais ampla, o razonete apresenta uma visão mais detalhada.

Como calcular um balancete passo a passo

Conforme você viu, o balancete é um instrumento de verificação e controle. Para calculá-lo, não tem segredo:

  1. Crie uma lista abrangente de todas as contas que você deseja incluir no balancete, como ativos, passivos, receitas e despesas.
  2. Organize as contas, categorizando-as em débitos e créditos. Isso ajudará a visualizar a movimentação financeira da empresa.
  3. Calcule o total de débitos e o total de créditos, somando os valores de cada coluna. Essa etapa é crucial para garantir a precisão do balancete.
  4. Compare os totais de débitos e créditos. O balancete deve mostrar que esses valores são iguais, indicando que não há erros nos lançamentos contábeis.

Importante: caso haja discrepâncias, é necessário rever os lançamentos contábeis para identificar e corrigir possíveis erros.

Como analisar um balancete de forma eficiente

Note que esse relatório é como se fosse uma foto, uma vez que ele mostra como está a saúde financeira de um negócio em um determinado período. Por essa razão, saber como analisar um balancete é muito importante para gestores e donos de negócios.

Para isso, é preciso entender a sua estrutura. O tópico “como funciona um balancete” pode ajudar nesse sentido. Pensando em um modelo de balancete, geralmente, o documento traz os elementos:

  • Cabeçalho: nome, as informações da empresa e o período sendo analisado, por exemplo, mensal, trimestral ou anual)
  • Ativo: bens e direitos
  • Saldo anterior: saldo do último balancete contábil realizado
  • Débitos: movimentações de débitos que ocorreram no período analisado
  • Créditos: movimentações de crédito no período
  • Saldo final: saldo após as movimentações financeiras.

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Esteja atento aos conceitos básicos de contabilidade

Quando falamos de balancete, existem alguns conceitos básicos que precisam ser entendidos para criar um:

  • Ativos: são recursos que têm valor econômico e que podem ser convertidos em dinheiro ou utilizados para gerar receita no futuro. O estoque é um exemplo de ativo.
  • Passivos: representam as obrigações e dívidas que a empresa tem em relação a terceiros. Salários e contas a pagar são exemplos de passivos.
  • Receitas: entrada de dinheiro por meio da venda de produtos e serviços, ganhos com juros e vendas de ativos.
  • Despesas: gastos relacionados à administração da empresa, necessários para sua operação. Exemplos incluem aluguel, materiais de escritório e contas, como de água e luz, que garantem o funcionamento do prédio e das atividades.
  • Custos: refere-se aos gastos diretos da empresa para produzir o produto final e manter suas operações. Por exemplo: mão de obra, embalagens, energia elétrica e matéria-prima, todos essenciais para a produção e entrega de bens ou serviços.
  • Patrimônio líquido: é o valor residual que os proprietários têm na empresa. Ou seja, a parte dos ativos de uma empresa que pertence aos seus proprietários ou acionistas, após a dedução dos passivos.

Conclusão

O balancete não é um demonstrativo obrigatório, mas também tem o seu valor, uma vez que sua análise possibilita ter uma ideia da saúde financeira do seu negócio virtual.

Ele é igualmente uma ferramenta para tomada de decisão, pois faz parte das análises financeiras que podem ser feitas. Falando no assunto, sabia que com a tecnologia você consegue melhorar consideravelmente as análises e tornar seu financeiro data-driven?

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