ITP – iniciador de transação de pagamento – faz parte da fase 3 de implementação do Open Banking e abre diversas novas possibilidades para empresas e consumidores.
Apesar do nome soar estranho, o iniciador de transação de pagamento, ou simplesmente ITP, torna as jornadas de movimentações financeiras (pagamentos e transferências) muito mais simples. É o que possibilita, por exemplo, que o WhatsApp consiga acessar sua conta bancária – mediante a sua autorização – e intermediar um pagamento ou transferência sem que você tenha que entrar no aplicativo do seu banco. Mas as aplicabilidades do ITP, no entanto, vão bem além disso.
De acordo com o Banco Central, o ITP poderá ser usado em: pagamentos com PIX; pagamentos com TED e transferência entre contas na mesma instituição; pagamento de boletos; e pagamentos com débito em conta. Essas novas possibilidades serão implementadas por etapas dentro da fase 3 do cronograma do Open Banking, o que deve acontecer até o fim de 2022.
Por enquanto, a única nova modalidade disponível é o pagamento com PIX. Mas a partir dele, já é possível entender como o ITP simplifica a jornada dos usuários e, assim, dá tração a novos negócios com novas possibilidades de movimentações financeiras.
ITP deixa a jornada de pagamento com Pix mais simples
Como dissemos, o ITP poderá ser usado de múltiplas formas conforme o Open Finance evoluir. Mas o princípio básico é tornar processos mais simples e rápidos, como no exemplo a seguir.
Hoje, para realizar um pagamento com Pix em um e-commerce, o usuário percorre uma jornada com 07 etapas. Ele precisa:
- Escolher a opção de pagamento Pix na interface da loja online;
- Abrir o QR Code do Pix ou copiar o código;
- Entrar manualmente no App do banco e autenticar o acesso com login e senha;
- Dentro da interface do banco, abrir a opção Pix;
- Escolher o tipo de Pix;
- Escanear o QR Code ou colar as informações do código;
- Confirmar a transação no App do banco.
Com o ITP, esse processo fica bem mais dinâmico. No primeiro acesso (abaixo), são 4 etapas a serem percorridas. Mas depois desse primeiro acesso, os usuários precisam de apenas 3 etapas para realizar um pagamento com Pix. As 4 etapas aqui são:
- Criar conta fornecendo seus dados pessoais como nome, email, celular e endereço completo;
- Selecionar o banco ou fintech para compartilhar dados (redirecionamento para o App do banco ou fintech escolhida);
- No App do banco ou fintech, escolher a conta que utilizará (caso tenha mais de uma no mesmo banco, como conta corrente e poupança, por exemplo);
- Confirmar a permissão com senha, biometria ou Face ID.
Depois de habilitado, porém, o usuário não precisa mais passar pelo fluxo acima. Bastará ele percorrer as 03 etapas abaixo para efetuar um pagamento com Pix usando o ITP.
- A loja mostra as opções de pagamento e você escolhe Pix;
- A loja pede para confirmar todos os dados antes de concluir a compra e consentir com o uso do ITP;
- Se confirmar o ITP, o usuário é redirecionado para o App do banco, mas diretamente para a página de confirmação da transação, precisando apenas concluir a operação com sua senha, biometria ou Face ID.
Quanto é sua porta de entrada para o Open Finance
Hoje, ainda há poucas empresas autorizadas pelo Banco Central a operar com o ITP. A Quanto, empresa pioneira em Open Banking no Brasil, é uma delas, bem como o Banco do Brasil e o Mercado Pago. Mas como dissemos, à medida que o Open Finance evoluir e novos casos de uso forem surgindo, a tendência é que as opções de pagamentos ou movimentações financeiras via ITP evoluam junto com o sistema financeiro aberto.